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CCJ aprova redução de imposto na exportação de suco de laranja

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Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Regulamentação dos dispositivos legais relativos à Reforma Agrária. Dep. Pedro Lupion PP-RR
Pedro Lupion afirma que produtores brasileiros perderam espaço nas exportações com a tributação

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 355/20, do deputado Alceu Moreira (MDB-RS), que muda o cálculo do Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) para exportações de suco de laranja. Na prática, a proposta reduz a tributação ao sustar a Solução de Consulta Interna 2/19 da Receita Federal do Brasil, que impede o desconto de despesas de frete, seguro e impostos estrangeiros sobre o preço do produto.

O relator, deputado Pedro Lupion (PP-PR), apresentou parecer pela aprovação do texto, que ainda depende de análise pelo Plenário.

“A Receita Federal começou a tributar as toneladas exportadas do Brasil de suco de laranja para os Estados Unidos a praticamente US$ 141,40 por tonelada. Nós estamos falando em 34% de Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica sobre os US$ 415 pagos”, informou o relator. “Na prática, significa que o suco de laranja mexicano, que é isento por acordos comerciais com aquele país, ocupou 50% do mercado brasileiro de suco de laranja nos Estados Unidos. Nós estamos falando de uma perda de arrecadação de R$ 500 milhões de reais/ano para um setor extremamente importante”, completou Lupion. 

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Segundo a deputada Erika Kokay (PT-DF), no entanto, a regra da Receita Federal corrige uma distorção e não deve ser suspensa. “São distorções que se verificam quando uma empresa importa mercadoria com valores superfaturados e exporta com valores subfaturados, prejudicando o próprio Brasil. O que se faz é uma compensação através da adequação do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e da Contribuição Sobre Lucro Líquido (CSLL)”, defendeu. 

O autor, deputado Alceu Moreira, argumentou que se a decisão da Receita não for suspensa, no final das contas a própria arrecadação do País será prejudicada. “Nós vamos perder o mercado por inteiro, e tributo sobre nada é nada”, disse. 

O Brasil é considerado o maior exportador mundial de laranja. As exportações brasileiras estão concentradas na Europa (70,3%), América (15,5%), China (5,2%) e Japão (5,2%).

Reportagem – Paula Bittar
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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