POLITÍCA NACIONAL
Comissão mista defende capacitação como forma de combater violência contra a mulher
POLITÍCA NACIONAL
A ampliação de um programa para capacitar pessoas na prevenção e no combate à violência contra mulheres foi tema de debate nesta quinta-feira (19). Representantes da Fundação Demócrito Rocha, que promove o programa, estiveram na Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher para apresentar a iniciativa, que pretende contribuir para a redução dos índices atuais.
Um curso já foi oferecido no final de 2020, com o objetivo de enfrentar a crescente violência contra mulheres a partir da pandemia de Covid-19 e do consequente isolamento social. O público alvo era formado por agentes de saúde, assistentes sociais, professores, líderes comunitários e religiosos, entre outros.
Apesar de ser a distância, a maioria dos alunos era do Ceará, onde o programa foi desenvolvido. Agora, a ideia é apresentá-lo em um estado de cada uma das cinco regiões do Brasil, para atingir maior capilaridade, segundo a diretora de Projetos Especiais da fundação, Valéria Xavier.
Ela ressalta que, mesmo após a pandemia, a violência contra as mulheres continua a crescer. Em 2022, foram registrados 1.410 feminicídios, aumento de 5% em relação ao ano anterior.
De acordo com Xavier, essa violência vai se revelando aos poucos. “É uma proibição de vestir uma roupa, é uma proibição de falar com um familiar, então isso vai se instalando, vira uma agressão verbal e muitas vezes vai para agressão física”, explica.
Leila Paiva, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE), destacou que é preciso alcançar públicos diversos com o curso. “É não escolher públicos, é falar para todas as pessoas que nós precisamos vencer a violência contra a mulher. Não é falar dentro de algumas caixas que nós já sabemos que são simpáticas à nossa causa, é falar para aquelas pessoas que inclusive não querem nos ouvir. E falo, inclusive, do público masculino.”

Desconstruir masculinidades
A presidente da comissão mista, senadora Augusta Brito (PT-CE), reforçou a necessidade de desconstrução das masculinidades como forma de combate à violência.
“De que forma a gente vai conseguir chegar aos verdadeiros agressores? Não estou aqui fazendo guerra, mas quem está batendo é o homem, então ele precisa ouvir, participar, para desconstruir dentro dele o machismo estrutural”, salientou.
O Programa de Capacitação para Enfrentamento da Violência contra Mulheres e Meninas prevê um curso de 140 horas, e discute temas como o feminicídio no Brasil, gênero, masculinidades e violência, e mídia e violência doméstica.
Reportagem – Paula Moraes
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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