POLITÍCA NACIONAL
CPI da Americanas ouve dois ex-diretores da empresa na terça-feira
POLITÍCA NACIONAL
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que apura possível fraude contábil na Americanas ouve na terça-feira (29) os ex-diretores da empresa Anna Christina Ramos Saicali e Marcelo da Silva Nunes, e o professor de Direito Penal da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Marcelo Costenaro Cavali.
Os depoimentos foram propostos pelos deputados Carlos Chiodini (MDB-SC), Fernanda Melchionna (Psol-RS) e Tarcísio Motta (Psol-RJ).
A audiência será realizada a partir das 15 horas, no plenário 7.
A Americanas pediu recuperação judicial no dia 19 de janeiro após anunciar um rombo contábil de R$ 20 bilhões. Chiodini quer que os dirigentes esclareçam “o andamento da persecução penal decorrente dos fatos apurados na CPI”.
Depoimentos anteriores
Na primeira audiência pública, a CPI ouviu o presidente da Associação Brasileira de Investidores (Abradin), Aurélio Valporto. Ele disse aos parlamentares que as fraudes sucessivas no mercado de capitais brasileiro decorrem da certeza de impunidade dos infratores.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores (CUT), Julimar Roberto, também já esteve na comissão e afirmou que as federações e confederações trabalhistas entraram na Justiça para que os principais credores da Americanas sejam responsáveis pelo pagamento de direitos trabalhistas, caso o patrimônio da empresa não seja suficiente para cobrir a despesa.
Já o presidente da Americanas, Leonardo Coelho Pereira, reconheceu perante a CPI que a crise na varejista não pode mais ser tratada como crise de inconsistências contábeis, e sim como fraude.
Essa também foi a visão apresentada pelo presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Barroso, aos deputados. “Não podemos tirar conclusões precipitadas, mas as evidências caminham para a existência de um arrojado esquema fraudulento para inflar e falsear números e resultados contábeis”, disse o executivo ao ser ouvido na CPI em junho.
Já os auditores independentes que monitoraram os últimos exercícios contábeis da empresa disseram que foram “vítimas” de fraude na gestão da Americanas, mas não convenceram alguns parlamentares que afirmaram que a atuação das auditorias independentes afetou a saúde financeira da companhia e ampliou o tamanho da fraude.
A CPI também tentou ouvir o ex-diretor financeiro da Americanas Fábio da Silva Abrate, porém, amparado por um habeas corpus, o executivo se negou a responder às perguntas dos deputados.
Já o ex-diretor-executivo da empresa Miguel Gutierrez alegou problemas de saúde para adiar o depoimento à comissão.
No último dia 8, os deputados ouviram o especialista em mercado financeiro Eduardo Moreira, e o diretor-presidente do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Caio Magri.
No dia 15, a CPI pretendia ouvir o ex-diretor da empresa Márcio Cruz Meirelles, na condição de testemunha, mas ele ficou em silêncio, amparado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na mesma reunião, o procurador da República do Estado do Rio de Janeiro, José Maria Panoeira, disse que o Ministério Público Federal recebeu, em fevereiro deste ano, uma comunicação da CVM sobre um rombo contábil da empresa Americanas S.A em um valor de R$ 22 bilhões.
Da Redação – ND
Fonte: Câmara dos Deputados
GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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