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Debatedores destacam importância de guia alimentar do Ministério da Saúde para prevenir doenças

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Debatedores defenderam nesta terça-feira (14), na Câmara dos Deputados, o uso do “Guia Alimentar para a População Brasileira”, do Ministério da Saúde, para prevenção de doenças crônicas e no combate à insegurança alimentar.

Recentemente, o governo partiu desse guia para definir os alimentos que compõem a cesta básica (Decreto 11.936/24), a alimentação escolar (Decreto 11.821/23), os projetos de hortas urbanas (Decreto 11.700/23) e de cozinhas solidárias (Decreto 11.822/24).

“Evidências científicas indicam os alimentos mais benéficos. Devemos, então, buscar a segurança alimentar e nutricional”, afirmou a coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Kelly Alves, durante o evento.

O debate, promovido pela Comissão de Saúde, foi proposto pelo deputado Padre João (PT-MG) para celebrar os dez anos da segunda edição do guia, lançada em 2014. No livro, as diretrizes estão sintetizadas como “Dez passos para uma alimentação adequada e saudável”.

Classificação
Com base em estudos coordenados pelo pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) Carlos Augusto Monteiro, a publicação criou uma classificação para os alimentos, hoje adotada por outros países. São quatro grandes grupos:

  • os alimentos in natura ou minimamente processados, como legumes, verduras e frutas; arroz, feijão e vários grãos; carnes, leite e ovos; castanhas;
  • os itens para cozinhar e temperar ou fazer preparações culinárias, como óleos, gorduras, sal e açúcar;
  • os processados, ou seja, fabricados com adição de sal ou açúcar ou outras substâncias a fim de torná-los mais duráveis e mais agradáveis, como queijos, frutas em calda, extratos e diversos tipos de conservas; e
  • os ultraprocessados, as formulações industriais com substâncias extraídas de alimentos ou sintetizadas em laboratório, sejam açucaradas ou não, como biscoitos, sorvetes, bebidas, petiscos e congelados ou preparados variados.
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“A regra de ouro é: prefira alimentos in natura ou minimamente processados aos ultraprocessados”, explicou a professora da USP Ana Paula Bortoletto, que participou da elaboração do guia. “Ultraprocessados não são comida”, alertou.

Taxação
Assessora da organização não governamental ACT Promoção da Saúde, Priscila Diniz afirmou no debate que a reforma tributária é um momento oportuno para desonerar os alimentos saudáveis e taxar os ultraprocessados.

O deputado Padre João concordou. “Em relação ao tabaco, a tributação alta levou à redução no consumo”, lembrou o parlamentar. “Temos que identificar cada produto que se come e está gerando doença e morte”, continuou.

Representantes dos ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento e Assistência Social; e dos conselhos nacionais de nutricionistas e de Segurança Alimentar também participaram do debate.

Serviço
Acesse aqui o “Guia Alimentar para a População Brasileira”.

Orientações sobre a alimentação de crianças menores de dois anos aparecem em outra publicação e numa cartilha.

Reportagem – Ralph Machado
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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