POLITÍCA NACIONAL
Deputados criticam omissão do governo espanhol em ataques a Vini Jr.
POLITÍCA NACIONAL
Parlamentares e representantes do Ministério do Esporte criticaram nesta terça-feira (30) o que classificam de omissão do governo espanhol diante dos atos de racismo sofridos pelo jogador brasileiro Vinícius Júnior. Eles falaram sobre o episódio no Plenário da Câmara dos Deputados, transformado nesta terça-feira (30) em comissão geral.
O jogador foi alvo de racismo na partida entre Real Madri e Valencia, quando torcedores deste clube começaram a gritar “mono” (“macaco” em espanhol).
Convidada a participar da reunião, a embaixadora da Espanha no Brasil não compareceu.
“Se a Espanha não é uma democracia, um lugar que pode receber atletas de diversos países, a Espanha não pode organizar eventos esportivos, porque nós atletas que nos direcionamos a outros países não podemos correr risco de vida”, criticou o atleta e assessor especial do Ministério do Esporte, Diogo André da Silva.
Segundo ele, além da ausência de punição aos responsáveis após os ataques, faltou o controle prévio da torcida, o que colocou em risco a integridade física do jogador.
“O árbitro da partida não cumpriu medidas previstas no código para esse tipo de situação. Ele poderia ter parado o jogo, ter pedido para os seguranças retirarem parte da torcida ou encerrado o jogo. Existe uma série de possibilidades que não foram cumpridas”, disse Silva, que já treinou em centros esportivos espanhóis.

O deputado Dr. Francisco (PT-PI) apontou o histórico das instituições espanholas de ignorar as ofensas racistas ocorridas durante eventos esportivos. “De todas as que Vini Jr. já sofreu, três foram inclusive arquivadas. A gente não percebe uma atitude clara nem da La Liga, nem da UEFA, nem da Fifa”, disse. Ele complementou que posturas de omissão “aprofundam o ódio e deixam as vítimas mais vulneráveis”.
A deputada Reginete Bispo (PT-RS) também repudiou o que classificou de tentativa de “desumanizar” o atleta. “O que me choca é saber que um país do dito primeiro mundo, hoje podemos afirmar com certeza, difunde o ódio racial e o fascismo dentro dos estádios de futebol”, disse a parlamentar.
Nessa mesma linha, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) reforçou a omissão das autoridades espanholas ao lembrar as sucessivas agressões contra o jogador. Em um dos casos, um boneco com a camisa 20 do brasileiro apareceu estrangulado em uma ponte em Madri, em janeiro.
“Nós exigimos que a Espanha e que todos os países do mundo tenham uma atitude digna diante dos profissionais brasileiros e de todas as áreas que adentram para contribuir”, frisou a deputada. Ela cobrou proteção legal aos expatriados nacionais que sofrem ofensivas racistas.
Esforço Legal
O deputado Márcio Marinho (Republicanos-BA) também pediu que o governo da Espanha mantenha “esforço legal para levar perante um tribunal aqueles que injuriaram um cidadão brasileiro apenas por ser negro”.
Por sua vez, o deputado General Girão (PL-RN) cobrou ações mais enérgicas do governo brasileiro, além da aprovação de uma moção de repúdio à La Liga. “Que o governo brasileiro cobre do governo espanhol uma atitude de respeito rigorosa em relação a isso. Nós somos muito brandos”, disse.
Essa também foi a fala do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que solicitou a reunião. “Devemos fortalecer nossas leis garantindo que o racismo seja tratado com a seriedade que merece”, disse. “Que a luta de Vinícius Júnior seja a luta de todos nós”, complementou.
Fifa
Já o deputado Luiz Lima (PL-RJ) defendeu que medidas sejam adotadas contra a Fifa. “Que a gente faça uma representação seríssima contra a Fifa, porque a Fifa tendo mais membros do que a ONU, se torna mais poderosa na promoção de respeito e de igualdade”, disse.
Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Geórgia Moraes
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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