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POLITÍCA NACIONAL

Deputados defendem prevalência do caráter público da Embrapa

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POLITÍCA NACIONAL


Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados
Homenagem aos 49 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
Sessão solene no Plenário da Câmara, pelos 49 anos da Embrapa

Deputados e representantes de entidades ligadas a trabalhadores e agricultores familiares criticaram declarações recentes dos dirigentes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), de que será feita uma reestruturação na companhia para abrir atividades para a iniciativa privada com redução de pessoal.

As críticas foram feitas em sessão solene no Plenário da Câmara nesta terça-feira (26) em comemoração aos 49 anos da empresa. A homenagem foi solicitada pela deputada Erika Kokay (PT-DF).

O presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário, Marcos Vidal, disse que a ideia é fazer parcerias nas quais os resultados das pesquisas não serão mais públicos, mas direcionados aos parceiros privados.

Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados
Homenagem aos 49 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Dep. Merlong Solano PT-PI
Solano: redução orçamentária inviabiliza a pesquisa na empresa

Para o deputado Merlong Solano (PT-PI), a Embrapa também vem passando por um processo de precarização dos serviços por meio da redução orçamentária. Segundo ele, em 2022 o orçamento é de R$ 3,3 bilhões; cerca de R$ 500 milhões a menos do que o de 2019:

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“O que temos é uma situação que marcha para a inviabilização desta empresa estratégica. Sofre o pessoal, que há muito tempo não é renovado e que está desanimado. Sofrem as condições de trabalho porque o custeio está comprometido, assim como lá na minha Universidade Federal do Piauí”, disse.

E sofre também a pesquisa, disse Solano, que é o motivo pelo qual a empresa foi criada. “E através da pesquisa e do desenvolvimento agropecuário (a Embrapa) se tornou uma referência não só no Brasil, mas no mundo inteiro”, disse o deputado.

Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados
Homenagem aos 49 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Dep. Alceu Moreira MDB-RS
Alceu Moreira destacou os avanços da Embrapa no controle das pragas

Biotecnologia
O deputado Alceu Moreira (MDB-RS) fez elogios ao papel da Embrapa na melhoria dos cultivos.

“ Naqueles laboratórios da Embrapa em alguns recipientes pequenos têm valores idênticos aos valores que nós temos de petróleo no mundo. Dá uma olhada agora no que nós estamos fazendo no controle de pragas por biotecnologia. Nós vamos ver a importância que tem agora em diversas propriedades do país de nós termos laboratórios. Não tendo mais que usar defensivos químicos porque a Embrapa pesquisou”, comparou.

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O chefe da Embrapa Cerrados, Sebastião da Silva Neto, representou o presidente da empresa, Celso Moretti, na sessão. Neto não fez comentários sobre a reestruturação da Embrapa. Ele destacou que a empresa está se concentrando em pesquisas que valorizem a agricultura sustentável.

Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Roberto Seabra

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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