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Frente da Radiodifusão vai trabalhar por regulação igual para rádio, TV e internet, afirma coordenador

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Escolhido novo coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Radiodifusão, o deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP) afirmou que a prioridade do grupo será estabelecer as mesmas exigências legais para emissoras de rádio e televisão e para os meios digitais. Outra missão da frente, segundo o coordenador, será desburocratizar o setor de radiodifusão tradicional.

Para isso, conforme Cezinha de Madureira, é necessário atualizar a legislação. Ele lembrou que a Lei da Radiodifusão é de 1962, e o decreto que a regulamenta, de 1967. O parlamentar enfatizou que o principal desafio nesse trabalho será exatamente integrar a legislação de rádio e TV e dos meios digitais, “para que todos sejam iguais”. Por isso mesmo, na opinião do deputado, é importante aprovar o projeto de lei das fake news (PL 2630/20), que já passou no Senado e está em discussão na Câmara.

“O ponto que nós defendemos principal é que aquilo que é do rádio e da TV seja da obrigação das big techs, da internet e de quem publica os seus conteúdos. Por exemplo, hoje qualquer pessoa chega à internet, seja qual for a rede social, fala o que quiser, não tem ninguém para fiscalizar se é verdade ou não, aí, depois, quando você vai descobrir a fonte, não tem fonte, não é verdade. E aí? Quem vai ser responsabilizado por isso? Precisa, de fato, que alguém seja responsabilizado pelo que fala”, disse o deputado.

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Obrigações iguais
A mesma opinião tem o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Baigorri. Assim como Cezinha de Madureira, Baigorri ressaltou que há uma grande assimetria entre as mídias tradicionais e as plataformas de internet. O presidente da Anatel exemplifica que, enquanto rádios e TVs cumprem exigências como responsabilidade editorial e são obrigadas a ter sede no Brasil, as mídias digitais não têm as mesmas obrigações. Apesar disso, competem pelo mesmo público e as mesmas verbas publicitárias, ressaltou.

Para ele, também é importante aprovar o projeto de combate às fake news. Na concepção do presidente da Anatel, principalmente depois dos ataques de 8 de janeiro e dos massacres nas escolas, “a sociedade brasileira” percebe cada vez mais a urgência de algum tipo de controle das redes sociais por parte do Estado.

“Com um post ou com uma mensagem nas suas plataformas digitais, elas conseguem alcançar uma quantidade incomparável de brasileiros do que você poderia fazer, por exemplo, com os meios tradicionais de jornalismo ou com o pronunciamento em TV aberta. Então, essas plataformas têm um poder muito grande nas sociedades contemporâneas, e um poder desse tipo não pode ficar sem nenhum tipo de controle por parte do Estado para garantir que ele não seja usado de forma abusiva”, disse.

Renato Araújo/Câmara dos Deputados
Defesa da Radiodifusão - Reinstalação da Frente. Secretário de Comunicação da Câmara dos Deputados Jilmar Tatto
Jilmar Tatto: ampliar a rede legislativa é ampliar a democracia

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Rede legislativa
O deputado Cezinha de Madureira também se comprometeu a trabalhar para a ampliação da rede legislativa de rádio e televisão. Para o deputado, é importante que a rede promova uma integração com o jornalismo local para aumentar a audiência e incentivar o cidadão a assistir aos debates do Congresso.

De acordo com o secretário de Comunicação Social da Câmara, deputado Jilmar Tatto (PT-SP), a secretaria trabalha tanto para aumentar o alcance da rede quanto a audiência.

“Hoje, os municípios, as capitais, inclusive, não têm uma rádio legislativa, que envolve a Câmara federal, envolve as assembleias legislativas, envolve as câmaras municipais. Então, nós queremos ampliar muito, ampliar, portanto, também a audiência disso e, por sua vez, também ampliar a democracia, porque nós estamos falando de um poder que é democrático, onde as pessoas debatem as ideias, independentemente da sua ideologia”, disse.

O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, e o secretário Jilmar Tatto tiveram reunião recente para tratar do tema. A Anatel se comprometeu “a levar a rede legislativa ao maior número de municípios possível”. Assim como Cezinha de Madureira, Baigorri considera a rede “a melhor forma de combater as fake news e a desinformação”, uma vez que leva ao público os debates e decisões “direto da fonte”.

Reportagem – Maria Neves
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados

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Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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