POLITÍCA NACIONAL
Líder da federação integrada pelo PT defende medidas para ajudar governo a erradicar a fome
POLITÍCA NACIONAL

O novo líder da federação Brasil da Esperança (PT-PCdoB e PV) na Câmara dos Deputados, Zeca Dirceu (PT-PR), afirmou que a prioridade no primeiro ano da legislatura será ajudar o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o governo federal a “erradicar novamente a fome no País”.
“O Brasil precisa retomar um processo de geração de emprego e principalmente de garantir renda ao trabalhador e a trabalhadora. Para isso, vamos ter que conduzir medidas na área econômica que contemplem o trabalhador e a trabalhadora, o setor produtivo”, disse. “Vou dar um exemplo: o pequeno e médio empresário, o pequeno e médio agricultor, não aguentam mais pagar uma taxa de juros tão exorbitante”, citou.
“O Brasil precisa iniciar um processo de renegociação de dívidas. O presidente Lula apresentou na campanha o Desenrola [programa de renegociação de dívidas]. Cabe ao Congresso Nacional estabelecer leis, soluções, medidas que ajudem o governo a tirar ações como essa do papel. A prioridade, então, são os temas que mexem com a vida das pessoas”, acrescentou ainda.
Preservação da democracia
Zeca Dirceu considera como tarefa adicional principal do novo governo e do Parlamento a preservação da democracia e a punição de “delinquentes, terroristas irresponsáveis que quebraram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto e tentaram dar um golpe”. Ele acredita, porém, que a polarização política não vai afetar o primeiro ano da legislatura.
“Nós vamos estabelecer outro método, tanto aqui no Parlamento quanto no governo federal. Ficou para trás aquele período de uma aposta permanente no conflito, no ódio, na violência, na intolerância. Nós estamos buscando reestabelecer a paz”, disse. “E aqui na Câmara já demos uma prova disso na eleição do presidente [da Câmara] Arthur Lira (PP-AL), quando estabelecemos um diálogo inclusive com quem é e pensa diferente da gente. O PT não sentou na mesma mesa do PL por conta de afinidade ideológica ou compromisso eleitoral, mas sim porque queremos pacificar o País”, complementou.
“Nós queremos que a polarização exista, sim, mas de uma maneira civilizada. E a maneira civilizada é através do diálogo, do acordo e do entendimento”, concluiu.
O deputado paranaense, eleito para seu quarto mandato, foi por duas vezes prefeito de Cruzeiro do Oeste (PR), onde implantou o Orçamento Participativo e priorizou os investimentos em educação pública. Na legislatura passada, foi membro da Comissão da Educação – sua principal bandeira de atuação parlamentar.
Reportagem – Lara Haje
Edição – Roberto Seabra
Fonte: Câmara dos Deputados Federais


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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