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POLITÍCA NACIONAL

Lira quer votação de projetos que reduzam preço dos combustíveis e da energia

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POLITÍCA NACIONAL

Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados
Eleição de Vice-Presidente e 2° e 3° Secretários - Discussão e votação de propostas. Dep. Arthur Lira PP - AL
Arthur Lira, presidente da Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu que o Congresso tenha como foco nos próximos dias a votação de propostas que combatam a inflação, principalmente o aumento do preços dos combustíveis e da energia.

Lira afirmou que, nesta semana, a pauta deve se concentrar em projetos que anulem o aumento dado pelas distribuidoras de energia. Ele ressaltou que o reajuste autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) chegou a 34% em alguns estados.

Em entrevista à TV Record na noite desta segunda-feira (30), Lira citou o Projeto de Lei Complementar 62/15, que proíbe a cobrança de ICMS sobre as bandeiras amarela e vermelha das tarifas de energia elétrica.

“Os governadores usaram na pandemia e, em cima da tarifa, foram cobrados impostos. Já que não tivemos a capacidade de votar uma reforma tributária mais ampla, não tenho dúvida que deveremos ter um apoio quase unânime a matérias que combatem a inflação e diminuem os impostos”, afirmou.

Outra proposta citada por Lira e que pode entrar na pauta de votações é o projeto que estabelece regras para a composição de preços dos combustíveis, tornando-os mais transparentes (PL 3677/21). De acordo com o presidente da Câmara, o texto não interfere na política de preços. “O projeto dá uma transparência da forma como se calcula o preço da Petrobras. Hoje é fechado, nenhum brasileiro tem acesso. Nem os órgãos de controle, nem o Cade”, criticou.

Privatização da Petrobras
Lira voltou a defender a privatização da Petrobras. Segundo ele, a empresa perdeu seu cunho social de investimento no Brasil e de ser o polo puxador de obras estruturantes.

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Para o presidente da Câmara, a Petrobras só se preocupa com a distribuição de dividendos e não assume a responsabilidade pelos altos preços nos combustíveis, deixando todo o desgaste para o governo federal.

Arthur Lira avaliou que não há condições políticas de se votar a privatização da estatal em razão das eleições, mas ressaltou que, se o governo tiver interesse, pode vender suas ações e deixar de ser acionista majoritário.

“Aí a Petrobras deixa de ser uma empresa estatal e vai viver com o ônus e o bônus de sua marca.  Penso que é uma forma de o governo se livrar do ônus do aumento dos combustíveis”, declarou.

Na semana passada, Lira disse que medidas duras poderiam ser tomadas contra a empresa. “Há denúncias de cartel no gás de cozinha. O que justifica o custo do gás? O Cade já deveria ter dado resposta a esses exageros do monopólio da Petrobras. Ela pode responder por isso e por muito mais coisas”, disse Lira.

Governadores
Arthur Lira também criticou os governadores que têm pressionado o Senado Federal a alterar o Projeto de Lei Complementar 18/22, que torna combustíveis e energia como serviços essenciais, limitando a 17% a cobrança de ICMS sobre esses setores.

Segundo Lira, não haverá perda de arrecadação com a aprovação do projeto. “Não vai haver perda de arrecadação. É um engodo, os caixas dos estados estão abarrotados, com cerca de R$ 320 bilhões acumulados.”

O presidente da Câmara voltou a criticar a decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) de estabelecer uma alíquota única do ICMS sobre o litro do diesel, “alíquota essa mais alta do que é aplicada pela maioria dos estados, descumprindo uma decisão do Congresso Nacional”.

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Segundo Lira, a decisão do órgão anulou toda a economia feita pelo Congresso com o projeto que resultou na Lei Complementar 192/22. “Foi um desrespeito ao PLP 11/20, votado na Câmara e no Senado. Os estados avançaram no bolso dos contribuintes”, criticou o presidente.

Estabilização dos preços
Lira afirmou que não vê razão para pressa na votação do texto do Senado que cria um fundo para estabilização dos preços de combustíveis (PL 1472/21). Segundo ele, antes de se ter um fundo, é preciso definir o que vai ser subsidiado ou não.

Ele afirmou que os senadores não podem cobrar a Câmara por celeridade no texto, já que há vários projetos dos deputados parados no Senado, como o que autoriza a privatização dos Correios, o que trata da regularização fundiária e o que altera a cobrança do Imposto de Renda. “O que pode ser feito é saber quais os deveres da Petrobras e do governo, isso é uma conta mais rápida de se fazer”, explicou.

Eleições
Lira voltou a defender a confiabilidade das urnas eletrônicas e do processo eleitoral. Segundo ele, não há dúvidas de que o processo será tranquilo. “Não é desacreditando as instituições e a democracia que vamos resolver os problemas do Brasil. Defendo a autocontenção de todos os poderes e, nos próximos tempos, teremos mais serenidade e eleições tranquilas no Brasil”, disse Lira.

Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Pierre Triboli

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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