POLITÍCA NACIONAL
Oposição critica investigação do governo sobre fake news em tragédia no Rio Grande do Sul
POLITÍCA NACIONAL
Deputados da oposição criticaram iniciativa da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) de investigar contas em redes sociais por supostas notícias falsas relacionadas às ações de fiscalização de caminhões que levam doações ao Rio Grande do Sul. Nesta terça (7), a Secom encaminhou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública ofício pedindo ações contra as postagens.
A deputada Caroline de Toni (PL-SC) afirmou que o governo em vez de se esforçar na reconstrução do Rio Grande do Sul está perseguindo parlamentares que teriam disseminado informações falsas sobre ações de fiscalização de caminhões levando doações para o estado. “É tão verdade esses fatos que a ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres] lançou portaria para dispensar fiscalização. Se não houvesse o bloqueio, a ANTT não teria emitido hoje a portaria”, disse.
O deputado Coronel Ulysses (União-AC) criticou a iniciativa da Secom. “Não pode um ministro querer abrir inquérito contra os deputados que estão no seu direito constitucional de falar a verdade para a população. A verdade eu sei que dói, mas tem que ser escutada, tem que ser ouvida.”
Para a deputada Julia Zanatta (PL-SC), o governo está censurando quem está se organizando para salvar vidas. “Não poderemos tirar o foco número um que é ajudar o próximo. Não é o momento de fazer politicagem, censura de adversário político.”

Mentira e demagogia
Segundo a deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS), essas fake news criam pânico e propagam mentira e demagogia. “Nenhum caminhão está sendo proibido de transportar. Eles inventaram que estão cobrando nota fiscal, fake news de corpo boiando, imposto sobre doação. Isso é irresponsável, é leviano”, disse.
A deputada Ana Paula Lima (PT-SC) afirmou que qualquer impedimento de chegada de caminhões é mentira. “A ANTT oficializou medidas de fiscalização e regulação em apoio ao Rio Grande do Sul. Atendimento prioritário e dispensa de fiscalização a quem está levando comida e mantimentos”, afirmou.
De acordo com o deputado Alencar Santana (PT-SP), a comissão externa também deveria investigar eventuais fake news relacionadas ao socorro às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. “Isso pode atrapalhar, pode comprometer, pode retardar e criar situações prejudiciais às ações coordenadas pelos entes envolvidos.”
Em nota, a ANTT negou que esteja retendo veículos de carga a caminho do Rio Grande do Sul. Segundo a agência, caminhões com donativos passam por fiscalização simplificada.
Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Geórgia Moraes
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
-
Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
-
Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
-
Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
-
Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
-
Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
-
Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
-
Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
-
Perda de mercado para concorrentes de outros países.
-
Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
-
Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
-
Carnes bovina, suína e de frango
-
Café
-
Suco de laranja
-
Soja e derivados
-
Minério de ferro e aço
-
Aeronaves e peças da Embraer
-
Cosméticos e produtos farmacêuticos
-
Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
-
MATO GROSSO6 dias atrás
“Appassionata” – Opus Quattro celebra os temas do amor em concerto na Casa do Parque
-
MATO GROSSO6 dias atrás
Com tecnologia de ponta, H.Bento realizou mais de 70 mil atendimentos ortopédicos em 4 anos
-
MATO GROSSO13 horas atrás
AACCMT lança campanha de arrecadação de brinquedos para o Dia das Crianças