POLITÍCA NACIONAL
Pesquisas sobre pessoas em situação de rua serão tema de audiência pública
POLITÍCA NACIONAL

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados realiza audiência pública nesta quinta-feira (8) para discutir dados obtidos por meio de pesquisas científicas sobre pessoas e famílias em situação de rua no Brasil e no Distrito Federal. O debate será realizado no plenário 9, às 10 horas.
A deputada Erika Kokay (PT-DF), que pediu a audiência, disse que uma das lutas mais antigas da população em situação de rua no Brasil diz respeito à sua inclusão nos censos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Nos 12 censos já realizados no país, de 1872 a 2010, a população em situação de rua sempre foi desconsiderada e teve a sua existência silenciada e ignorada pelo governo brasileiro”, observou Kokay.
Segundo a deputada, levantamento feito por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aponta que a população em situação de rua no Brasil cresceu em 2022.
“Em todo o país, mais de 180 mil pessoas moram na rua. Estima-se que 2.938
pessoas vivam nas ruas do Distrito Federal, segundo recente pesquisa
realizada pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), divulgada em junho de 2022″, afirmou a deputada.
Debatedores
Confirmaram presença na audiência:
- pesquisador da UFMG e do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, André Luiz Freitas Dias;
- presidente da Codeplan, Jean Lima;
- representante do Observatório Nacional de População em Situação de Rua, Marcelo Pedra Martins;
- representante do Movimento Nacional de População em situação de Rua, Darcy da Silva Costa;
- representante do Movimento Nacional da População em Situação de Rua (Núcleo Distrito Federal), Joana D’Arc Bazilio da Cruz;
- representante da Associação Nacional dos Defensores Públicos, Cristiane Xavier de Souza; e
- conselheiro do Conselho Nacional de Justiça e integrante da Comissão de Políticas Sociais e Desenvolvimento do Cidadão do CNJ, Mário Goulart Maia.
- Veja a relação completa de convidados
Da Redação – RS
Fonte: Câmara dos Deputados Federais


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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