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Relatório setorial da Defesa no Orçamento de 2023 aponta carência de recursos para institutos militares

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POLITÍCA NACIONAL

Leonardo Duarte/Governo do Espírito Santo
Batalhão de soldados do Exército enfileirado num dia de sol. Ao fundo há tanques de guerra e caminhões estacionados na frente do mar
78,2% do orçamento da área de defesa é destinado a despesa com pessoal

O relator setorial da Defesa no Orçamento de 2023, deputado Elias Vaz (PSB-GO), destacou em seu parecer que é necessário recompor as dotações do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e do Instituto Militar de Engenharia (IME) para o ano que vem. “Os recursos propostos no projeto (PLN 32/22) são inferiores ao requerido para o bom funcionamento deles”, explicou.

A solicitação foi feita ao relator-geral, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), que ainda poderá modificar as dotações em seu relatório final. Elias Vaz também pediu que seja revisto o corte linear feito na área para que fossem acumulados mais recursos para emendas parlamentares.

O projeto de lei orçamentária é dividido em 16 áreas temáticas para facilitar o processo de discussão e votação da matéria.

Despesas e investimentos
A área de Defesa tem R$ 124,4 bilhões no Orçamento de 2023, mas 78,2% é destinado a despesa com pessoal. Segundo o relator, houve queda de 6,7% no total em relação à proposta de 2022, se for levada em conta a variação da inflação.

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Os investimentos no setor têm crescido nos últimos anos e chegam a R$ 10,8 bilhões para 2023. Além disso, existem mais R$ 3,4 bilhões da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron) e da NAV Brasil Serviços de navegação Aérea. No caso da Emgepron, o aumento foi de 66,7% em relação ao projeto deste ano.

Emendas
Foram apresentadas 257 emendas, sendo 45 de bancadas estaduais e comissões. O relator setorial buscou atender todas as emendas ainda que de forma parcial.

Os 16 relatórios setoriais do Orçamento de 2023 devem ser votados pela Comissão Mista de Orçamento nesta semana.

Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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