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Três empresas disputam construção de ferrovia bilionária em MT

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Três empresas disputam o direito de construir uma ferrovia de 508 km em Mato Grosso, ligando os município de Água Boa e Lucas do Rio Verde, malha que seria um prolongamento da Ferrovia do Centro Oeste (Fico) – cujo traçado de 383 km conectará Mara Rosa (GO) a Água Boa.

A briga bilionária envolve a VLI, controlada pela mineradora Vale; a Rumo Logística, que já atua em Mato Grosso e controla parte das ferrovias em operação no País; e a Rail-In Engenharia Eirelli.

As três pediram e conseguiram do Governo Federal, por meio por meio do regime de autorização previsto no Marco Legal Ferroviário (PLS 261/2018) sancionado em dezembro pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), permissão para atuarem no trecho.

A ferrovia deve baratear o frete da produção agrícola de região impactada.

Conforme explicou o diretor-executivo do Movimento Pró-Logística de Mato Grosso, Edeon Vaz Ferreira, com o fim da era exclusiva de concessões ferroviárias no país e a nova lei em exercício, mais de uma empresa pode pedir o direito de explorar o mesmo trecho.

“O Governo autoriza e se as três quiserem construir uma [malha] paralela à outra, pode”, explicou, em entrevista ao site MidiaNews.

Gaúcha News

Edeon Vaz

O diretor-executivo do Movimento Pró-Logística de Mato Grosso, Edeon Vaz Ferreira

Com a autorização concedida, a empresa deve apresentar seu projeto e, assinando o contrato, assume todos os custos para a construção da obra: desapropriações, desvios, terminais ferroviários e todos os equipamentos necessários. O Governo não tem nenhum desembolso.

Em contrapartida, a malha se torna um ativo da empresa, que irá deter a concessão por 99 anos, que pode ser prorrogável pelo mesmo período.

Cada empresa interessada apresentou um orçamento para o trecho. Enquanto a Rumo e a VLI estimam o investimento em R$ 5,08 bilhões, a Rail-In apresentou um custo de R$ 6,35 bilhões.

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Briga judicial

A disputa pelo prolongamento da Fico em Mato Grosso chegou a parar na Justiça. Isso porque a VLI foi a primeira a pedir a autorização, em 21 de setembro de 2021. Oito dias depois, a Rumo buscou aprovação para explorar o mesmo trecho.

Ao se deparar com a concorrência, a Rumo ingressou com uma ação na Justiça alegando que já estava atuando em Mato Grosso – inclusive com contrato com o Governo do Estado para fazer a ferrovia “Senador Vicente Vuolo”, que é um prolongamento da Ferronorte, ligando Rondonópolis a Lucas do Rio Verde e Cuiabá.

A batalha judicial, porém, não foi adiante. A Rumo perdeu em todas as instâncias. No meio da disputa, porém, surgiu mais um pedido de autorização para o mesmo trecho, dessa vez da Rail-In. Agora, segundo explicou Edeon, começa um “jogo de pressão”.

“Agora as três têm que apresentar o estudo para assinar o contrato. Nenhuma delas assinou um contrato para começar a obra efetivamente”, afirmou. Tem que colocar ordem nesse negócio, determinar prazos para dar entrada nos estudos, para fazer o licenciamento ambiental e para iniciar a obra”.

Critérios para escolha

O diretor do Movimento Pró-Logística afirmou que tem conversado com o Ministério da Infraestrutura pedindo o estabelecimento de critérios o quanto antes para evitar que situações de pedidos de várias empresas para um mesmo trecho – que ocorrem não só em Mato Grosso como em outros estados, como Goiás – continuem se repetindo.

“Tem que colocar ordem nesse negócio, determinar prazos para dar entrada nos estudos, para fazer o licenciamento ambiental e para iniciar a obra. Se você não cumprir, você perde a autorização. Dessa forma, acabar ficando só uma”, disse.

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A confusão, segundo Edeon, ocorreu porque havia o PLS 261 em trâmite no Senado, mas diante da morosidade em dar andamento ao projeto, o Governo Federal baixou a Medida Provisória 1065/2021, que tem força de lei e instituiu o novo marco legal do transporte ferroviário.

“A partir da Medida Provisória, começaram os pedidos de autorização. Mas vendo que havia uma MP, o Senado resolveu pisar no acelerador, aprovou o PLS 261, mandou para a Câmara, que aprovou e foi para Presidência, sendo sancionado e virando lei”, disse.

“Mas agora o Governo vai ter que emitir no início deste ano uma medida provisória ou um projeto de lei para consertar isso [falta de critérios]. Esses pedidos triplos, quádruplos, essa falta de prazo, tudo isso aí vai ter que ser arranjado numa nova medida provisória”, completou.


Outros trechos em MT

A Rumo entrou com uma lista de pedido de autorizações para construção de malhas ferroviárias em Mato Grosso, além do prolongamento da Fico.

Conforme Edeon, a empresa requereu ao Ministério da Infraetrutura permissão para construir ferrovias ligando Lucas do Rio Verde a Campo Novo do Parecis; Santa Rita do Trivelato a Sinop; Nova Mutum a Campo Novo do Parecis; Bom Jesus do Araguaia a Água Boa; Ribeirão Cascalheira a Figueirópolis (TO); e Primavera do Leste a Ribeirão Cascalheira.

Outra empresa que entrou com requerimento foi a Garin Infraestrutura Assessoria e Participações Limitadas, que tem interesse no trecho que liga Lucas do Rio Verde a Sinop.

Esse mesmo trecho, aliás, foi requerido pela empresa Zion Real State, que ainda pediu autorização para construir a malha de Sinop a Moraes Almeida (PA).

FONTE/ REPOST: LISLAINE DOS ANJOS – MÍDIA NEWS 

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CONCEEL-EMT reforça orientações sobre a nova identificação das Unidades Consumidoras

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O Conselho de Consumidores da Energisa Mato Grosso (CONCEEL-EMT) está reforçando as orientações sobre a nova forma de identificação das Unidades Consumidoras (UCs), implantada recentemente pelas distribuidoras em diversas regiões do país. A atualização tem como objetivo padronizar os cadastros, aumentar a precisão nos atendimentos e aprimorar o controle das informações no setor elétrico.

A mudança foi determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), como parte de um processo mais amplo de modernização dos serviços de distribuição e digitalização do relacionamento com o consumidor. Uma das medidas adotadas pelo conselho é entrega de folder informativo com as orientações sobre a mudança. O prazo de conclusão para a padronização é 31 de dezembro.

Essa padronização traz benefícios diretos para os clientes e para o setor como um todo. Entre eles, está a melhoria no processo de cadastramento no CadÚnico – Cadastro Único, feito pelas prefeituras municipais, para que famílias de baixa renda possam receber o benefício da Tarifa Social. Além disso, a atualização simplifica os atendimentos ao cliente e agiliza a resolução de demandas relacionadas ao fornecimento de energia

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O que muda?

O código da sua Unidade Consumidora (UC), que aparece na fatura de energia, passará a ter 15 dígitos, estruturados da seguinte forma:

10 primeiros: número sequencial da distribuidora

3 seguintes: identificação da distribuidora, definida pela ANEEL

2 finais: dígitos verificadores para conferir se o número está correto

O novo número de identificação será exibido nas faturas a partir de 01/12/2025 e a atualização será feita de forma automática, sem necessidade de qualquer ação por parte dos clientes da Energisa.

Segundo o vice-presidente do CONCEEL-EMT, Benedito Paulo de Abreu, a nova identificação representa um avanço na modernização do setor. “Estamos em um momento em que a digitalização e a segurança dos dados são essenciais. A padronização das UCs contribui para reduzir erros, garantir mais agilidade no atendimento e proporcionar uma melhor experiência para o consumidor”, afirmou.

Sobre o CONCEEL-EMT

O conselho tem como objetivo orientar, analisar e opinar sobre questões relacionadas ao fornecimento, às tarifas e à adequação dos serviços prestados ao consumidor final. O conselho não possui relação de subordinação com a distribuidora Energisa/MT e é composto por representantes das seguintes classes de consumo: residencial, comercial, industrial, rural e poder público.

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