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Mesmo com documentações: Senhora de 58 anos é despejada da própria casa em Cuiabá

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Maria Auxiliadora de 58 anos foi despejada da própria casa na última quarta-feira. A equipe do Meu Mato Grosso esteve presente no local nesta quinta-feira (11) e a casa já estava demolida. Ela que vivia desde que nasceu no local, possui todas documentações necessárias para declarar como proprietária do lar.

Segundo a vítima, uma família conhecida na sociedade, conseguiu tomar posse de alguns terrenos na região, e com o grande “poder” que tem dentro do estado, acabaram falsificando documentos informando que eram os reais proprietários da casa.

O oficial de justiça chegou com a ordem de despejo essa semana informando que a casa não pertencia a Maria, e que por motivos de não pagar o aluguel ao proprietário, ela deveria sair o quanto antes. A abordagem foi feita de forma agressiva e precisa, no local inclusive teve um caminhão que ofereceram para fretar os móveis de Maria.

A casa á 100 anos atrás, era de uma antiga família importante da sociedade cuiabana, e o pai de Maria era um dos funcionários que trabalhavam para a família. O acordo na época era pagar o salário com moradia e alimentação em troca dos serviços.

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Nesta regra, as documentações foram feitas e a residência foi sendo passada por gerações. Maria inclusive deu à luz aos filhos na sala da casa. A mãe da vítima, faleceu na mesma aos 98 anos em 2020.

A nossa equipe do Meu Mato Grosso chegou a encontrar no local um dos envolvidos em pedir o despejo da família. Ele fugiu do local para não conversar com a imprensa e ficou do outro lado da avenida com policiais fortemente armados.

“Não tinha a necessidade de fazer isso, eu tenho 58 anos e quero lutar pelo que é meu. Falam que a justiça é para todos mas isso não funciona com pobre não”, declarou Maria.

Uma situação que chamou bastante atenção, foi a aparição de um documento assinado por Maria – que é analfabeta – concordando em pagar o aluguel da casa. O que destaca na situação, é que a assinatura foi realizada 5 dias antes da própria vítima nascer.

Sendo assim, o caso segue sendo investigado e a família busca justiça para retomar aquilo que os pertence por direito.

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Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

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Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.

Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.

Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.

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Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.

Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.

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Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.

A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.

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