MATO GROSSO
Tangará da Serra volta a sofrer com crise hídrica e diretor da Samae classifica situação como gravíssima: “Não tem água para tratar”
MATO GROSSO
Um áudio que circula nas redes sociais, atribuído ao diretor do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Tangará da Serra (244 quilômetros de Cuiabá), Heliton Oliveira, demonstra que a situação do abastecimento de água na cidade do interior mato-grossense é gravíssima.
“A situação está gravíssima. Como você acha que a gente vai abastecer a cidade com 120 mil habitantes com esse tanto de água? Não tem água para tratar”, afirma o diretor no áudio. Tangará da Serra enfrenta uma nova crise hídrica e a estiagem mais severa do que em anos anteriores.
A captação da água bruta é feita na Estância Amazonas, transportada até a Estação do Queima-pé, onde é tratada e distribuída à população. Outros caminhões passarão a fazer o transporte de água do Sepotuba ao longo das próximas semanas. A medida, conforme a Samae, é paliativa e visa minimizar os impactos da crise hídrica em Tangará da Serra.
Mesmo com o cronograma de abastecimento, bairros em que a água deveria chegar em certos dias da semana acabam sendo não atendidos. “Rua 100, Altos Tarumã, a torneira está aberta desde quinta-feira. Fui trabalhar e deixei ligado, até agora nada, amanhã solta novo cronograma”, disse um internauta.
“Tudo mentira, aqui na 50, no Tarumã, não sai nem vento”, disse outro. Os comentários de moradores revoltados estão lotando as publicações da Samae em seu página do Facebook.
Ainda no áudio que circula nas redes sociais, o diretor da Samae pede cautela com o uso. “A situação é gravíssima. Não pode contar com água duas vezes por semana, de repente ou um abastecimento. Tem que fazer economia. Agora é hora de racionar ou de fazer o mínimo possível que puder com água”.
Em junho, o prefeito Vander Masson declarou situação de emergência em Tangará da Serra, que está passando por severa seca em todo o seu território, registrada como a maior dos últimos anos, caracterizando escassez hídrica.
Entre junho de 2020 e maio de 2021 choveu apenas 55% do mesmo período entre 2019 e 2020. “Desta forma, a previsão é de uma crise muito pior com vazões dos mananciais muito baixa, que neste momento já é perceptível a olho nu tal redução de vazão”, dizia trecho do decreto daquele ano.
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CONCEEL-EMT participa de evento que discute o futuro da energia no Brasil
Os conselheiros do Conselho de Consumidores da Energisa Mato Grosso (CONCEEL-EMT estão participando nesta quinta e sexta-feira (28) do XXV Encontro Nacional de Conselhos de Consumidores de Energia Elétrica, realizado em Belém. A cidade, que recentemente sediou a COP 30, volta a receber importantes debates sobre energia, sustentabilidade e justiça social. O evento está sendo realizado no Hotel Princesa Louçã.
A participação dos conselheiros do CONCEEL-EMT tem como objetivo acompanhar de perto as discussões e painéis da programação, que este ano tem como tema central: “Mudanças climáticas e justiça energética: desafios e propostas para acesso à energia limpa e preços justos”.
Durante o encontro, os representantes do conselho estão presentes em mesas redondas, apresentações técnicas e diálogos que abordam temas essenciais para o setor elétrico. A iniciativa reúne representantes de todo o país.
“Participar do encontro nacional é fundamental para aprofundar o debate sobre direitos dos consumidores, acompanhar tendências do setor elétrico e contribuir para propostas que promovam justiça energética, sustentabilidade e preços mais equilibrados”, ressaltou o Benedito Paulo de Abreu, vice-presidente do CONCEEL-EMT.
Sobre o CONCEEL-EMT
O conselho tem como objetivo orientar, analisar e opinar sobre questões relacionadas ao fornecimento, às tarifas e à adequação dos serviços prestados ao consumidor final. O conselho não possui relação de subordinação com a distribuidora Energisa/MT e é composto por representantes das seguintes classes de consumo: residencial, comercial, industrial, rural e poder público.