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Empresário rifa Fusca por R$ 50 para pagar despesas médicas da mãe

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Se esse Fusca 1995 falasse, ele pediria para que as pessoas colaborassem com a rifa do Tadeu Luiz Salgado Junior. O empresário decidiu rifar o veículo, que fica na mira de colecionadores, para poder pagar as despesas médicas da mãe, Marlene Salgado, quando foi acometida pela covid-19.

Tadeu conta que sua mãe foi diagnosticada com o novo coronavírus em março deste ano. Na época, não havia disponibilidade para internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em hospitais públicos, então ela acabou internada em uma unidade de saúde particular, do município de Primavera do Leste (321 km ao sul de Cuiabá).

Marlene ficou 28 dias internada, sendo 8 intubada e o restante na UTI. As despesas médicas giram em torno de R$ 184 mil e até hoje a família não conseguiu arcar com a dívida. Eles são empresários do ramo de eventos, e por conta da pandemia, as contas ficaram apertadas.

Para quitar a quantia, o empresário decidiu rifar um Fusca 1995, que comprou para reformar. O veículo estava parado há um ano, enquanto passava por uma retificação do motor. “O Fusca era pra mim mesmo e não deu certo. Nessa pandemia a loja parou e não podia fazer evento. Logo em seguida a minha mãe ficou ruim”.

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Segundo Tadeu, o gosto por carros antigos vem de família. O Fusca, inclusive, é de 1995, um dos últimos a ser fabricados no país. “Dia 25 de julho minha vó morreu. Ela vacinou e veio a enfartar em seguida, mas deixou um outro fusquinha de herança”, relembra.

A rifa começou em abril e passou por alguns problemas. “Com o bloquinho não funcionou, porque às vezes a pessoa pega e depois que vai atrás, a pessoa não vendeu nada. Então estamos fazendo por um sistema, no site, pra ver se conseguimos terminar”.

As vendas vão ser aceleradas para o Natal e a rifa custa R$ 50. Quem quiser contribuir, pode entrar em contato pelo telefone (66) 99994-7125.

FONTE/ REPOST: VITÓRIA LOPES – GAZETA DIGITAL 

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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