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Só 9 cidades de Mato Grosso têm soro antiofídico

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Dos 141 municípios de Mato Grosso, apenas 9 realizam o tratamento com soro antiofídico em casos de acidentes com cobras peçonhentas (venenosas). O Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) centraliza as demandas da região metropolitana e dá suporte ao estado todo. Os hospitais regionais de Colíder, Cáceres, Alta Floresta, Sorriso, Rondonópolis, Sinop, Água Boa e Peixoto de Azevedo são as demais referências que centralizam o soro por polos regionais. 

A estratégia de distribuição dos antídotos feita pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT) prejudica a população que mora nas cidades distantes de onde o soro está disponível, conforme alerta o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso (Cosems/MT).  

“Há municípios que precisam procurar o soro no estado inteiro para tratar um paciente. Tem municípios que ficam a 300 quilômetros do hospital. Por exemplo, se uma pessoa é picada por uma cobra que tem um veneno potente, tipo uma jararaca, em Santa Rita do Trivelato, que fica a 300 km de Sinop, onde é referência e tem o soro, são no mínimo 3 horas de estrada, não tem como, a pessoa vai ficar com o veneno no corpo esse tempo todo até receber o primeiro atendimento”, alerta o presidente do conselho, Marco Antônio Norberto Felipe.  

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O desabastecimento de soro antiofídico é um problema permanente em Mato Grosso desde 2017, aponta o secretário, e a solução havia sido garantida em junho de 2020 pelo Ministério da Saúde. No entanto, com a pandemia, o problema se agravou ainda mais, pois apenas o Instituto Butantan produz o soro no Brasil e essa produção diminuiu devido ao foco nas vacinas para a covid-19.  

“Temos dificuldade de abastecimento. A quantidade não é suficiente para atender o estado. É triste, em pleno 2021, temos a matéria-prima, temos o laboratório, é inadmissível ter desabastecimento de soro. Não dá para admitir”, enfatiza o presidente do Cosems.  

Em 2020, o estoque de soro antiofídico em Mato Grosso chegou ao patamar de 70% abaixo do necessário, de acordo com levantamento feito pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, em um projeto de lei que prevê a disponibilização do soro em cidades mato-grossenses de potencial turístico.  

O ano de 2020 registrou 1.065 casos de acidentes com serpentes em Mato Grosso, sendo que 6 pessoas perderam a vida. De janeiro a outubro de 2021, aconteceram 758 acidentes com serpentes em Mato Grosso, nos quais 8 pessoas vieram a óbito.

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FONTE/ REPOST: MYLENA PETRUCELLI – GAZETA DIGITAL 

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Sintap-MT enaltece atuação dos servidores do INDEA-MT em conquista histórica: Mato Grosso é declarado livre de febre aftosa sem vacinação

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Mato Grosso atingiu um marco histórico para a agropecuária brasileira. O estado foi oficialmente reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), durante a 92ª Assembleia Geral da entidade, realizada nesta quinta-feira (29), em Paris, França. Com o reconhecimento, o estado passa a deter o mais alto status sanitário internacional na produção de bovinos, bubalinos e suínos.

A conquista é resultado direto de um trabalho técnico, contínuo e comprometido realizado ao longo de mais de quatro décadas pelos profissionais do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA-MT), e cujo os servidores são representados pelo Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário e Pecuário do Estado de Mato Grosso (Sintap-MT).

Segundo a diretora financeira do Sintap-MT, a médica veterinária Maria Fernanda, o reconhecimento internacional é fruto de uma trajetória iniciada em 1979, com a criação do INDEA-MT. “Muitos se esquecem que isso começou há mais de 40 anos. Para erradicar a doença, foi preciso planejamento, campanhas de vacinação, ações educativas e fiscalização intensa em todo o estado”, relembra.

O último registro de febre aftosa em Mato Grosso ocorreu em 1996. Desde então, o controle da doença foi garantido por meio da vacinação em massa e de um trabalho permanente de educação sanitária junto aos produtores rurais, iniciativas conduzidas por servidores públicos com profundo conhecimento técnico e compromisso com a saúde animal.

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“A vacinação foi essencial, mas sem o trabalho de educação sanitária feito por nossos servidores e pelo comprometimento de todo o setor produtivo e produtores rurais, que entenderam a importância da vacinação, o controle da doença não teria sido eficaz. Foi a confiança no serviço público que nos trouxe até aqui”, destaca Maria Fernanda.

Avanço econômico e novos mercados

Com o novo status sanitário, Mato Grosso amplia suas oportunidades comerciais, passando a acessar mercados internacionais mais exigentes, como Japão e Coreia do Sul. A retirada da vacina, segundo a diretora do Sintap-MT, representa uma demonstração clara de que o estado possui pleno controle da doença, elevando o nível de confiança no sistema de defesa sanitária estadual e nacional.

Além disso, os recursos anteriormente destinados às campanhas de vacinação poderão agora ser redirecionados para reforçar as ações de vigilância e prevenção, garantindo a manutenção do status alcançado.

Valorização do serviço público

Para o Sintap-MT, a conquista simboliza uma vitória coletiva dos profissionais da defesa agropecuária. A presidente, Diany Dias destaca o papel fundamental do sindicato na valorização dos servidores e na melhoria das condições de trabalho.

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“Essa conquista mostra a importância do serviço público agropecuário. O Sintap-MT sempre esteve presente, lutando por concursos, estrutura nas unidades, condições adequadas para os servidores que atuam nas fronteiras e nas áreas de fiscalização. Não adianta ter mão de obra qualificada sem equipamento, sem treinamento, sem veículos adequados. Nosso papel sempre foi cobrar, apoiar e garantir que esses profissionais tivessem as condições necessárias para exercer suas funções com excelência”, afirmou Diany.

O sindicato reforça que a vigilância sanitária em todos os municípios de Mato Grosso é garantida justamente pela atuação dos servidores do INDEA-MT. “Somos parceiros dos trabalhadores e, sem eles, o reconhecimento da OMSA não seria possível. Essa vitória é nossa, e o Sintap-MT se orgulha de fazer parte dessa história”, finaliza a presidente da entidade.

Márcia Martins
Assessoria de Imprensa Sintap/MT
(65) 99243-2021

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