MATO GROSSO
Bandido se passa por médico e aplica golpe em familiares de paciente internado em UTI do São Matheus
MATO GROSSO
Uma família passou por momentos de angústia ao ser vítima de um golpe, na última quarta-feira (8), em Cuiabá. Com o pai internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Bruna recebeu uma ligação pela manhã, antes do horário habitual de visita, de um suposto médico pedindo um depósito para que fosse realizado um exame de emergência com o intuito de descobrir a origem de uma hemorragia.
Segundo o golpista, o plano de saúde não havia autorizado o exame, e a questão era “de vida ou morte”. O valor do suposto exame era de R$ 2800, e só poderia ser enviado via transferência bancária.
“Eles ligaram e falaram que meu pai já havia feito o exame de sangue – e ele realmente faz exame todos os dias de manhã, devido estar internado – e que no exame tinha dado hemorragia no pâncreas do meu pai, e essa hemorragia, se eles não fizessem a tomografia para verificar onde estava, poderia levar à falência dos órgãos do meu pai”, contou Bruna à reportagem.
Segundo ela, o golpista afirmou que o plano de saúde só liberaria o exame no dia seguinte, mas que o pai dela não iria aguentar todo este tempo. Ela ainda sugeriu levar o dinheiro em espécie ao hospital, mas o golpista – se passando por médico – afirmou que não seria possível.
A sorte de Bruna e sua família foi que enquanto estavam a caminho do banco para fazer o pagamento, o real médico do paciente telefonou para falar do quadro dele, e negou a história que o golpista havia acabado de contar. No Hospital São Matheus, onde o pai está internado, Bruna encontrou outras famílias que haviam passado pela mesma situação, e algumas que chegaram a realizar a transferência e perderam o dinheiro.
Segundo a vítima, o Hospital não soube dizer como os dados dos pacientes foram “vazados”, e afirmou que estava investigando o caso. A família de Bruna também registrou um Boletim de Ocorrência, mas até o momento não conseguiu identificar o suspeito.
O “golpe” não é novo. Em 2017, o Correio Brasiliense publicou uma matéria de bandidos operando da mesma forma, veja AQUI. Segundo publicação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em casos como este, o hospital pode responder por danos materiais e morais e ser responsabilizado civilmente pelo “vazamento” de dados.
O número que ligou para Bruna foi: (65) 99627-6803.
*Nome fictício para preservar a identidade da vítima.
Outro lado
Procurado, o hospital afirmou que já tomou providências e que informa os pacientes que não faz nenhum tipo de cobrança via telefone. Leia a nota na íntegra:
O Hospital São Mateus informa que já tomou providências junto às autoridades competentes para investigar os possíveis golpes que estão sendo praticados utilizando o nome do hospital e tendo como vítima os pacientes e seus familiares.
Informamos que não autorizamos qualquer cobrança de valor devido a serviços prestados, feita em domicílio ou por telefone, com emissão de boletos ou orientação de depósitos.
O hospital possui como procedimento padrão orientar sobre essas questões na admissão de novos pacientes, por meio de termo informativo assinado pelos mesmos. Além disso, a informação a respeito dos procedimentos para contato com familiares dos pacientes é amplamente divulgada, inclusive, no site institucional.
O hospital também pede a quem receber telefonemas dessa natureza, em nome do hospital, que notifique a direção e a polícia e lamenta ter seu nome vinculado a um fato desta natureza que afeta igualmente outras instituições em todas as unidades da federação.
FONTE/ REPOST: ISABELA MERCURI – OLHAR DIRETO


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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