MATO GROSSO
Família de quatro maranhenses mortos pelo CV foram ‘enxotados’ de MT
MATO GROSSO
Os familiares dos quatro maranhenses provavelmente mortos pelo Comando Vermelho, após serem raptados por criminosos, no dia 02 de maio, no bairro Jardim Renascer, em Cuiabá, foram ‘enxotados’ do estado, para também não serem executados pela facção criminosa. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) crê que as vítimas foram vítimas de um ‘salve’ por serem de um grupo rival e estar praticando roubos na região em que estavam morando.
Clemilton Barros Paixão, 20 anos; Tiago Araujo, 32 anos; Paulo Weverton Abreu da Costa, 23 anos e Geraldo Rodrigues da Silva, 20 anos, que são da mesma família (sendo dois deles irmãos), foram levados de dentro de casa por criminosos que estavam em três veículos e, desde então, não foram mais vistos.
A família das vítimas é de outro estado e, após o sumiço delas, foi obrigada a deixar Mato Grosso. Havia ameaças contra eles, dizendo que, se permanecessem, também seriam executados.
A motivação, segundo o delegado Caio Fernando Albuquerque, responsável pelo núcleo de investigação de homicídios cometidos a mando de facções da DHPP, é a mesma de sempre nestes casos.
“Pessoas que, eram integradas a facção rival ou estavam dizendo que era, falando demais. Uma das vítimas estaria praticando pequenos roubos no bairro também, o que pode ter incomodado a facção, que decidiu eliminar os quatro maranhenses”, explicou ao Olhar Direto o delegado.
Uma das vítimas morava em Chapadão do Céu (GO), outras duas no Maranhão e um já estava em Cuiabá há algum tempo. A primeira teria sido responsável por matar um homem, em uma discussão de bar. Porém, já teria cumprido a pena e não devia mais nada para a Justiça.
O delegado Caio Albuquerque disse ao Olhar Direto que não resta dúvida de que os quatro foram executados. “Não tem nada de sequestro, nem desaparecimento. Isso só foi o caminho percorrido pelos criminosos para matar. Dizer que elas estão desaparecidas, é conversa. Estas pessoas estão mortas. A própria família já acredita nisto. Para nós, que estamos trabalhando, que estamos com a investigação bem avançada, isto é fato. Estamos agora somente reunindo elementos de provas, autorias, o que virá nos próximos dias”.
Segundo o depoimento de uma das irmãs, os rapazes vieram para Cuiabá em busca de um trabalho melhor.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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