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Vírus: Criança de colo e mais quatro pessoas morrem em menos de uma semana em terra indígena

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Pelo menos cinco indígenas do povo Mẽbêngôkre, também conhecidos como Kayapó, teriam morrido em menos de seis dias no começo deste ano na Terra Indígena (TI) Capoto/Jarina, em Mato Grosso — onde mora o cacique Raoni, líder indígena conhecido internacionalmente pela defesa da Amazônia e povos indígenas — , e na TI Menkragnoti, divisa de Mato Grosso com o Pará.

As aldeias onde teriam sido registrados os óbitos foram a Kapot, Piaraçu, ambas localizadas na TI Capoto/Jarina e a Kororoti, na TI Menkragnoti. Entre as vítimas, estão três adultos e duas crianças. Conforme apurou o site Olhar Direto com uma indíngena Kayapó, devido aos sintomas de alguma delas, a suspeita é que as mortes estejam relacionadas a Covid-19 ou ao vírus da Influenza H3N2. 

Na aldeia Piaraçu uma criança de colo foi uma das vítimas. O bebê apresentava sintomas de gripe e estava enquadrado como suspeita de Covid-19. 

Uma idosa também morreu com sintomas de gripe na aldeia Kapot. Outra criança também faleceu. Esta, por sua vez, faleceu com sintomas de diarréia. Não há informações se um teste de Covid-19 havia sido feito em ambas as vítimas enquanto estavam vivas. 

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Nesta mesma aldeia, o funcionário do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Kayapó de Mato Grosso, Bepdjiriti Txucarramãe, também do povo Kayapó, morreu na última sexta-feira (7). Ele teria morrido de problemas de saúde não identificados. 

Na aldeia Kororoti, um idoso também morreu com sintomas de gripe. Ele também estava enquadrado como suspeito de Covid-19. A vítima tinha problemas no pulmão e não resistiu após a compilação dos sintomas de síndrome respiratória. 

Nesta quarta-feira (12), Mayalú Txucarramãe, indíngena Kayapó e Waurá, geógrafa e neta do cacique Raoni, fez uma publicação nas redes sociais comentando a situação enfrentada na TI Capoto/Jarina. Na publicação ela cobrou as autoridades. “Em menos de 6 dias, perdemos 3 adultos e 2 crianças Mēbêngôkre. E ninguém da saúde se manifesta sobre as causas”, protestou. 
 

January 12, 2022

O que dizem as autoridades  

A reportagem entrou em contato com o Ministério da Saúde (MS), Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) e com o DSEI Kayapó de Mato Grosso, para questionar as medidas que estão sendo tomadas na TI Capoto/Jarina diante dos recentes óbitos, principalmente diante da escala de casos de Covid-19 e gripe.

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O MS disse que irá apurar o caso. Os demais órgãos, até o momento da publicação desta matéria não responderam aos questionamentos. O espaço segue aberto para futuras manifestações. 

FONTE/ REPOST: MICHAEL ESQUER – OLHAR DIRETO

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Hospitais privados e filantrópicos de MT poderão atender pacientes do SUS para abater dívidas federais   

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Equipe técnica do Ministério da Saúde apresentou nesta terça-feira (02), a representantes e gestores de hospitais e clínicas particulares e hospitais filantrópicos, o programa Agora Tem Especialista, do Governo Federal, que permitirá que essas entidades atendam pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em troca de créditos financeiros para abatimento de dívidas federais. Durante a reunião, que aconteceu no auditório do Sindicato das Empresas de Saúde de Mato Grosso (Sindessmat), foi apresentado as especificações para que os hospitais possam participar do programa.

De acordo com o Ministério da Saúde, o programa foi criado com objetivo de reduzir as filas de espera no SUS e permitir que hospitais privados e filantrópicos possam oferecer atendimento gratuito a pacientes do SUS em troca de créditos financeiros para abatimento de dívidas federais. O assessor institucional para assuntos federativos da Secretaria de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Adalberto Fulgêncio dos Santos Junior reforçou que o programa visa ampliar o atendimento médico para melhorar o fluxo de cirurgias eletivas e de consultas especializadas.

“É uma movimentação muito vantajosa para os dois lados. Para os hospitais você pode ter vantagem de ter o CND, ou seja, ficar limpo na praça e a possibilidade de prestar serviço sem uma habilitação, com o processo normal, ordinário de habilitação, e ainda criar um vínculo com o SUS. Aquela instituição que se interessou em participar do programa procure o Sindessmat, o primeiro encaminhamento é esse, e vamos averiguar caso a caso, mas sabemos que na maioria deles é bem vantajosa fazer essa transação tributária.”

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A diretora executiva do Sindessmat, Patrícia West, destacou o papel do Sindicato em reunir os principais players da saúde privada no estado e o interesse das entidades em contribuir com o programa do Governo.

“Tivemos um auditório lotado, isso mostra o interesse das entidades em participarem do programa e vontade de estarem regulares perante sua situação tributária. O Sindessmat neste momento vai ser um importante elo entre o setor público e privado e vai dar encaminhamento àquelas entidades que queiram aderir ao programa e atender pacientes do SUS”, pontuou Patrícia.

“É uma oportunidade também das entidades conseguirem a certidão negativa, renegociar seus débitos e abrir as portas para criar esse relacionamento com o setor público. É um pontapé inicial para uma parceria importante para aquelas empresas que optarem por fazer a adesão ao programa e o sindicato está à disposição para fazer esse elo com o Ministério da Saúde”, completou

Para o deputado Lúdio Cabral, que também participou da reunião, o Agora Tem Especialista é uma oportunidade ímpar para que o Governo consiga acelerar os atendimentos e com um padrão de qualidade muito alto à população.

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“O Brasil tem um problema sério, que é o tempo de espera da população para ter acesso a consultas com especialistas, a exames complementares especializados e às cirurgias. Então, a rede de atendimento à população precisa de mais agilidade para dar conta disso e ela precisa ser ampliada, então o objetivo do Ministério da Saúde é ampliar a oferta de serviços nessas áreas, por meio de várias estratégias e da parceria com o setor privado”, pontuou Cabral.

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