MATO GROSSO
Parceria garante contratação de 20 reeducandos por empresas de Sorriso
MATO GROSSO
Vinte e seis reeducandos do Centro de Ressocialização de Sorriso (CRS) foram contratados para exercerem funções nas áreas de construção civil, auxiliar de cozinha, madeireira, transportadora e em loja de materiais para construção.
A nova oportunidade faz parte de uma parceria da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), por meio da Fundação Nova Chance (Funac), o Conselho da Comunidade e o Poder Judiciário do município.
De acordo com o diretor do CRS, Enilson de Castro Souza, os recuperandos têm uma jornada de trabalho de 44 horas semanais, com intervalo para almoço. Eles ainda recebem um salário mínimo e a cada três dias trabalhados um dia de pena é reduzido.
Os critérios para contratação dos novos colaboradores é terem cumprido 1/6 da pena e ter um bom comportamento na unidade, que é o que estabelece a Lei de Execução Penal (LEP). “Não mediremos esforços para conseguir a contratação de mão de obra de recuperandos da unidade. É uma ação conjunta de muitos gestores para fazer esse trabalho dar certo”, afirmou.
O presidente da Funac, Emanoel Flores, explica que o principal papel da instituição é promover a ressocialização, resgatando a autoestima e sendo uma oportunidade de renda para o recuperando.
“Eles são contratados como qualquer outro funcionário da empresa, sem distinção de uniforme, de local de almoço e com todos os direitos garantidos. Atualmente são mais de 900 contratos por intermediação da Funac”, completou.
A autorização para a atividade extramuros foi dada pela juíza da 1ª Vara Criminal de Sorriso, Emanuelle Chiaradia Navarro Mano, que ressaltou a importância das ações de ressocialização para diminuir as chances de reincidência.
“Assim, eles conseguem já ter algum rendimento financeiro e profissional após deixarem a unidade. É importante chamar atenção para que outras empresas também façam parceria para contratação de mão de obra dos reeducandos”.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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