MATO GROSSO
Mato Grosso dá o primeiro passo para a comercialização de créditos de carbono
MATO GROSSO
O governador Mauro Mendes deu o primeiro passo para que seja possível a comercialização de créditos de carbono em Mato Grosso, durante reunião nesta sexta-feira (18.02), em Dubai, com representantes do Grupo Vitol, uma das líderes mundiais na comercialização de hidrocarbonetos.
Ficou acordado no encontro que, nos próximos dias, a Vitol irá apresentar um cronograma de trabalho com a definição de cada função e os processos que serão desenvolvidos para que se inicie a comercialização de caborno pelo Estado.
“O objetivo é criar um mercado de carbono dentro de Mato Grosso e o Estado pode liderar esse processo. Vamos definir as responsabilidades de cada um e criar um cronograma para realizar essa comercialização”, destacou o vice-presidente da Vitol, Michael Curran.
Para o governador Mauro Mendes, o resultado da reunião foi muito positivo para o Estado. “Saímos daqui com resultados concretos. Acertamos que nos próximos dias vamos receber o cronograma e acertar os próximos passos para aproximar os interesses entre Vitol e o Estado, criando uma agenda de trabalho para fazer a parceria”.
Ainda de acordo com o governador, é necessário sair do campo teórico e partir para a prática. “Precisamos criar algo sólido para ultrapassar os limites e ir para a prática, para que seja possível chegar aonde queremos, que é o desenvolvimento sustentável” ponderou, acrescentando que, agora, a contrapartida está com a Vitol.
“Vamos aprofundar essa parceria e evoluir para que possamos chegar aos resultados. Isso vai nos elevar a um novo patamar no mercado mundial. Vamos contribuir para esse esforço mundial e precisamos ser recompensados, tanto o Estado, como todos aqueles que preservam as suas áreas”, reforçou.
A Vitol é uma multinacional holandesa de energia e petróleo, atuando nos principais mercados globais. Nos últimos anos, a empresa tem investido fortemente em energia sustentável, como eólica, gás natural e solar, além de biocombustíveis e hidrogênio. Somente em projetos de energias renováveis, a Vitol investe 1 bilhão de dólares em todo o mundo.
Participaram da reunião os secretários Mauro Carvalho (Casa Civil), Cesar Miranda (Desenvolvimento Econômico), Laice Souza (Comunicação) e Wener Santos (MT Par), além de Bruno Andrade (diretor do Imac), Silvio Rangel (vice-presidente da Fiemt/Sindalcool), Gutemberg Silveira (presidente da Aprosmat), Adilson Ruiz (presidente do Instituto Ação Verde), Patrícia D’Oliveira Marques (presidente da Aquamat), Gabriel Ruiz (diretor da Plastibras), a assessora para Assuntos Internacionais de Mato Grosso, Rita Chiletto, e o ajudante de ordens do governador, Ricardo Mendes.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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