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Novo Centro Socioeducativo de Sinop vai atender demanda da região Norte do Estado

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O novo Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Sinop (479 km de Cuiabá) vai aumentar em três vezes a quantidade de vagas para internação de adolescentes em conflito com a lei, em relação a atual unidade. A nova unidade terá 3.052 m² e está orçada em R$ 13,6 milhões com recursos do programa Mais MT e poderá atender até 60 adolescentes, sendo duas vagas para internos que possuem mobilidade reduzida. 
 
O atual prédio, que atende os adolescentes com medidas restritivas de toda região norte do estado, tem capacidade para apenas 20 meninos. Conforme a secretária adjunta de Justiça, Lenice dos Santos Barbosa, a unidade não se enquadra na Política de Socioeducação. “A unidade foi um paliativo de 2009 e ocupa o prédio da antiga cadeia de Sinop, ou seja, é um espaço totalmente inadequado para a política de atendimento socioeducativo”, lembrou.
 
As obras começaram em 5 de novembro do ano passado e estão em estágio avançado, cerca de 30% do empreendimento já foram executados em 85 dias. A nova unidade vai permitir a humanização dos serviços de socioeducação na região norte.
 
De acordo com o cronograma da Coordenadoria de Obras e Engenharia, 30,1% da obra estão prontos conforme vistoria do dia 10 de fevereiro com prazo de 300 dias. A obra está com toda base do radier concluída e as paredes dos blocos dos alojamentos estão levantados. Os próximos passos serão a construção das paredes do bloco administrativo e montagem da cobertura.
 
Conforme o projeto, estão sendo construídos 32 alojamentos, cada um com 10 m², três metros de pé direito e com capacidade para acomodar dois adolescentes. 
 
A secretária adjunta de Justiça destaca que o novo Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Sinop representa uma nova realidade para os adolescentes. “Vamos atender toda a demanda da região norte do Estado, permitindo que os adolescentes fiquem naquela região. Sem a necessidade de serem transferidos para Cuiabá”, destacou Lenice dos Santos Barbosa.
 
O novo Case foi projetado para atender às recomendações do Sistema Nacional de Socioeducação (Sinase). “Será uma unidade totalmente adequada para o acompanhamento socioeducativo, com alojamentos arejados e que oferecem melhor convivência entre os internos. Espaço que vai oportunizar a ressocialização, evitando a lotação do sistema penitenciário”, lembrou.
 
A gerente do Case de Sinop, Noeme Neves de Almeida, também destacou que a nova estrutura vai permitir oferecer melhores condições de socialização dos adolescentes, seguindo as recomendações do Sinase. “Lá teremos condições de oferecer mais cursos aos adolescentes, para que, quando eles deixarem a internação, eles estejam preparados para ser inseridos no mercado de trabalho e deixar a prática de atos infracionais”, espera. 
Fonte: GOV MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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