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Xavantes participam de aula inaugural de projeto na aldeia São Pedro em Campinápolis

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Estudantes de 12 aldeias da etnia Xavante participaram, nesta segunda-feira (21.02), da aula inaugural do Projeto de Nucleação Indígena. A atividade dá início ao ano letivo de 2022 na Aldeia São Pedro, localizada no município de Campinápolis (658 km a leste de Cuiabá).

O projeto piloto será realizado em quatro aldeias polos, por meio de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e a Prefeitura Municipal. A nucleação consiste na concentração de turmas, que antes funcionavam em salas anexas, muitas delas em estruturas de palha nas próprias aldeias, para um único polo educacional.

Serão atendidos cerca de mil alunos de 33 aldeias da região, dos quais 350 alunos da aldeia São Pedro. A data oficial de início das aulas  do projeto será 3 de março nos polos São Felipe (4 aldeias), Campo Belo (9 aldeias), Baixão (8 aldeias) e São Pedro (12 aldeias).

A proposta desse projeto é oferecer melhores condições de ensino e infraestrutura. Além de disponibilizar transporte escolar para os estudantes chegarem aos polos, eles receberão refeições e terão acesso às apostilas Sistema Estruturado de Ensino.

“Temos uma meta audaciosa para transformar também a educação e o acesso ao conhecimento aos povos indígenas, mas, para isso, precisamos dinamizar as escolas indígenas. O primeiro passo é propor a qualidade na infraestrutura, na área pedagógica e oferecer alimentação escolar com todas as condições que eles merecem”, destacou o coordenador de Educação Escolar Indígena, Lucas Oliveira.

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Para a superintende de Diversidades da Seduc, Lucia Santos, a nucleação pode ser considerada como a realização de um sonho. “Estamos vivendo um momento único e transformador, mais do que dar condições dignas para os alunos, essa ação vai melhorar a qualidade de vida dos xavantes”.

No polo São Pedro, foram disponibilizadas 11 salas de aula para atender estudantes indígenas matriculados no ensino das séries iniciais, ensino fundamental e médio, nos períodos matutino e vespertino.

“Agradeço a equipe da Seduc e o Governo de Mato Grosso por tudo que estão fazendo por nós. Essa nova geração contará com muitos ensinamentos que podem ajudar na história nosso povo. A partir desse projeto, acreditamos que os nossos filhos poderão fazer parte do mercado de trabalho, torando-se médicos, professores e advogados”, relatou o cacique Saturnino Wapodowe.

Para este ano, a nucleação indígena também será implementada em outras aldeias de Mato Grosso. A estrutura de nucleação foi elaborada de forma que contribua na melhoria da qualidade do ensino/ aprendizagem, formação pedagógica efetiva para os professores, continuidade dos estudantes em séries/ anos mais avançadas do sistema de ensino e em turmas unisseriadas, melhoria da proficiência, espaço físico adequado e melhor logística na distribuição de materiais didáticos e alimentação.

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“Esse é o dia em que começamos a mudar a história da educação indígena de Campinápolis. Tudo isso aconteceu também por iniciativa deles e vamos colocar em prática o sonho de uma educação pública de qualidade para este público, com profissionais qualificados e equidade de aprendizagem dos estudantes”, afirmou o secretário de Educação, Alan Porto.

O prefeito de Campinápolis, José Bueno, disse que incialmente foi necessário vencer inúmeras dificuldades para colocar o projeto em prática. “Agora nossos alunos indígenas vão ter um estudo de qualidade, é uma transformação importante e muito esperada”.

Também participaram da aula inaugural a gestora da Diretoria Regional de Educação (DRE), de Barra do Garças, Silvia Figueiredo, diretores escolares, professores, secretários municipais, vereadores e lideranças indígenas.

Fonte: GOV MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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