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Premiê diz que Ucrânia está prestes a integrar rede elétrica europeia

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O primeiro-ministro da Ucrânia, Shmyhal Denys, afirmou hoje (2) que o sistema elétrico de seu país está prestes a ser conectado à rede europeia.

“A Ucrânia está se conectando à Rede Europeia dos Operadores das Redes de Transporte de Eletricidade [Reort, ou, no inglês, Entso-E]”, declarou Denys, referindo-se à associação criada parainterligar as infraestruturas energéticas dos estados-membros. Atualmente, a Entso-E reúne companhias de transmissão de energia de 35 países.

Ainda em 2021, o governo ucraniano anunciou que desconectaria o sistema nacional das redes fornecedoras da Rússia e de Belarus e o interligaria à grade europeia até 2023. Segundo a estatal elétrica ucraniana, a Ukrenergo, o desligamento ocorreu no último dia 24 – mesmo dia em que as tropas militares russas invadiram o país e que a Moldávia também desconectou-se dos sistemas de eletricidade russo e bielorusso.

Em um comunicado que a agência de notícias russa Tass reproduziu em 24 de fevereiro, a Ukrenergo confirma ter desconectado os sistemas para iniciar a fase de testes finais necessários “à futura conexão” da grade ucraniana com a Entso-E.

Três dias depois, a estatal ucraniana solicitou aos operadores do sistema europeu que conectassem as redes ucranianas e europeia em caráter de urgência, para evitar o desabastecimento em meio aos ataques russos.

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No dia seguinte (28), foi a vez de o ministro de Energia da Ucrânia, German Galushchenko, apelar para que seus pares europeus ajudem a “acelerar” a interligação da rede ucraniana à europeia.

Ontem (1), o Conselho da Entso-E divulgou uma nota em que assegura que os operadores do sistema europeu estão “comprometidos com a sincronização das redes de energia da Ucrânia e da Moldávia” e em assegurar o fornecimento de energia elétrica à Ucrânia.

Na nota, a rede transnacional garante que já se manifestou sobre a importância de uma “rápida decisão” sobre o pedido de interligação emergencial das redes, mas explicou que isto ainda depende de algumas providências, sem fixar prazos.

“A identificação das condições para sincronização urgente incluirá uma avaliação de proteção e de estabilidade; operacional, jurídica e regulatória, além de Tecnologia da Informação, incluindo Segurança Cibernética”, destaca a Entso-E, afirmando reconhecer os “esforços excepcionais” da Ucrânia para manter o fornecimento de energia elétrica “nestes tempos difíceis”.

Edição: Lílian Beraldo

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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