MATO GROSSO
Sema apresenta política ambiental de MT aos embaixadores da União Europeia e Finlândia
MATO GROSSO
Embaixadores da União Europeia e da Finlândia visitaram a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), nesta segunda-feira (21.03), e conheceram a tecnologia aplicada no combate ao desmatamento em Mato Grosso. A Secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, também mostrou as ações do Estado para alcance da meta de carbono neutro até 2035.
Os embaixadores viram de perto a tecnologia de satélites Planet, que monitora todo o território estadual e possibilita o avanço do combate aos crimes ambientais. “Investimos no uso da tecnologia para o combate ao desmatamento, que coloca as equipes em campo no local correto e tempo correto, e permite maior eficiência e uma fiscalização menos onerosa ao Estado. Realmente enxergamos tudo que acontece em 24 horas, por imagens de satélite”, conta.
Segundo a secretária, o Governador Mauro Mendes deixa claro que a tolerância com o desmatamento ilegal é zero. Para isso, a atuação é conjunta com diversos órgãos estaduais e federais, entre eles o Ministério Público, as forças de segurança pública, e o Judiciário.
Conforme a secretária, o Estado fomenta iniciativas de desenvolvimento sustentável para alcançar a meta de neutralização das emissões de carbono, e estrutura medidas para consorciar a preservação da biodiversidade e a produção de alimentos para o mundo, junto ao setor produtivo. São ações que já ocorrem no Estado, como atividades produtivas que mantém a floresta em pé, como o manejo florestal, a gestão de áreas protegidas, a redução do risco de incêndios, e a produção agropecuária sem desmate com a integração lavoura-pecuária-floresta.
O embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez, afirma que a visita foi importante para conhecer mais sobre a polícia ambiental de Mato Grosso. “Falamos com técnicos de diversas áreas que nos ajudaram a entender os esforços que Mato Grosso tem feito no âmbito do desmatamento, que é muito importante, mas também conhecemos oportunidades. Mato Grosso está há um bom tempo trabalhando nesta área e tem potencial para continuar nesta direção”, avalia o embaixador.
Já o embaixador da Finlândia no Brasil, Jouko Leinonen, afirma que um forte interesse na visita é conhecer mais sobre a bioeconomia da Amazônia. “Fico feliz em ver que Mato Grosso estanha vanguarda desses processos que estamos todos tentando fazer em nossos países, na busca de uma sociedade mais verde. É muito importante levar a experiência de Mato Grosso”, afirma.
Agenda integrada
Diversas entidades, empresas e institutos participaram do encontro e compartilharam experiências de desenvolvimento sustentável em Mato Grosso com os embaixadores. O coordenador Nacional de Projeto PAGE da Organização das Nações Unidas (ONU), Eduardo Chiletto, abriu a programação apresentando os projetos que estão em execução no estado.
O programa investe no turismo sustentável, na agricultura familiar, no planejamento da ordenação territorial, na bioeconomia por meio do fomento de atividades capazes de proteger a floresta, como a extração de óleos essenciais da Amazônia.
O diretor do Instituto Produzir, Conservar e Incluir, Fernando Sampaio, destacou que a atuação do instituto é um dos instrumentos do Estado para auxiliar a implementar a descarbonização. “O PCI fomenta o desenvolvimento sustentável através do uso racional da terra, com o objetivo de ampliar a pecuária conservando os ativos ambientais que temos”.
Também participaram do encontro o representante da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) para o Brasil e a Venezuela, Clovis Zapata; o representante da Federação das Indústrias (Fiemt), Alvaro Leite; presidente Pro Natura Internacional, Marcelo de Andrade; o presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Caio Penido; diretora do programa REM Mato Grosso (REDD+ For Early Movers), Lígia Vendramin; e outros representantes convidados.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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