POLITÍCA NACIONAL
Eventos na Câmara defendem a oficialização da Caatinga como patrimônio nacional
POLITÍCA NACIONAL
Exposições na Câmara dos Deputados mostram as riquezas da Caatinga, as ameaças ao ecossistema semiárido e os esforços de reconhecimento do bioma como patrimônio nacional. Os eventos fazem parte das comemorações de 28 de abril, Dia Nacional da Caatinga – criado por meio de um decreto federal (Decreto 9.959/03).
Até esse dia, quem visitar a Câmara poderá conferir a exposição “Riquezas da Caatinga: potencialidades e possibilidades do bioma 100% brasileiro”, montada no Espaço Mário Covas com fotos e produtos da região. Entidades socioambientais também apresentam ações bem-sucedidas de produção sustentável, sobretudo por meio da agricultura familiar.

Os eventos são organizados pela Frente Parlamentar em Defesa da Convivência com o Semiárido. Coordenador do grupo, o deputado Carlos Veras (PT-PE) quer aproveitar a ocasião para impulsionar as potencialidades do bioma.
“Uma das nossas prioridades é transformar o bioma em patrimônio nacional para fortalecer a preservação da Caatinga, colocando-a como prioridade dos gestores públicos em todas as esferas: municipal, estadual e federal. Ela tem uma riqueza e uma diversidade cultural enorme. E econômica também”, diz.
A Câmara já analisa várias propostas (PEC 504/10 e sete apensadas) que incluem a Caatinga e o Cerrado na lista de patrimônios nacionais, como já acontece hoje com a Amazônia, a Mata Atlântica, o Pantanal, a Serra do Mar e a Zona Costeira.
No entanto, textos sobre o tema que tramitam desde 1999 (PECs 60/99 e 131/99) vêm enfrentando resistências de algumas bancadas, sobretudo aquelas ligadas ao agronegócio. Já os defensores das propostas argumentam que Caatinga e Cerrado protegidos na Constituição terão novos estímulos e políticas públicas de desenvolvimento sustentável.
Totalmente brasileiro
Único bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga ocupa 11% do território nacional, sobretudo no Nordeste e no norte de Minas Gerais. Cientistas alertam que o desmatamento crônico e a ocupação desordenada aumentam os riscos de desertificação irreversível. Mesmo assim, o deputado Carlos Veras ressalta que a Caatinga resiste, conservando um rico patrimônio biológico: um terço da flora e 15% da fauna são exclusivas do bioma, ou seja, só existem naquele ecossistema semiárido.
“Há um processo de degradação do solo, fruto da ação humana, que, muitas vezes, desmata, queima e utiliza venenos. Então, também há um processo de extinção de plantas muito importantes da Caatinga. Daí o nosso objetivo de fazer essa exposição dentro da Câmara dos Deputados. A nossa Caatinga não é só solo rachado, não é só dificuldade, não é só seca. Nós temos muitas riquezas. Quando criança, o lambedor [remédio caseiro] para curar nossas gripes era feito da casca do jatobá. Então, há plantas riquíssimas, inclusive medicinais”, afirmou.
Além do jatobá, a exposição na Câmara mostra produtos à base de sisal, fibras, licuri, umbu, mel e maracujá, típicos do bioma. Hoje, cerca de 30 milhões de pessoas vivem nas cidades dominadas pela Caatinga.
Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Ana Chalub


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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