MATO GROSSO
Prefeito afirma que asfalto na MT-140 é a realização de um sonho de 43 anos
MATO GROSSO
“Isso aqui é um sonho de 43 anos, desde que eu cheguei aqui. Essa estrada vai proporcionar o avanço de Santa Rita do Trivelato, de Planalto da Serra e Nova Brasilândia”. A afirmação é do prefeito de Santa Rita do Trivelato, Egon Hoepers, sobre a obra de asfaltamento da MT-140, vistoriada nesta quinta-feira (05.05) pelo governador Mauro Mendes.
O prefeito explicou todo o trabalho feito pelos produtores da região, para encontrar o melhor traçado para a rodovia, que além de beneficiar os três municípios citados, vai criar um novo corredor logístico em Mato Grosso, paralelo à BR-163, ligando a região de Sorriso até Campo Verde.
O governador Mauro Mendes ressaltou a importância da rodovia. “Eu já passei muitas vezes na minha vida por estradas e sei mais ou menos como é o sofrimento, sentir na pele aquilo que vocês e tantos mato-grossenses sofrem, às vezes, a vida inteira. Por isso estamos aqui, porque sei que quanto se trabalha muito, com seriedade, podemos enfrentar todos os desafios que são postos”, afirmou.
O presidente da Associação dos Beneficiários da Rodovia MT-235, Nestor Poletto, também falou sobre os desafios logísticos da região e da felicidade em ver o asfalto chegando na MT-140. “Trivelato deixou de ser fim e passou a ser meio. Vamos ter ligação norte-sul e leste-oeste”, afirmou.
Por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística, o Governo de Mato Grosso está investindo R$ 212,9 milhões na pavimentação de 200,74 km da MT-140, entre o distrito de Boa Esperança do Norte (Sorriso) e o município de Planalto da Serra.
“Com o asfalto, haverá a diminuição da quilometragem, do valor do frete e vai fazer com que a carga, os grãos, cheguem mais rapidamente ao terminal em Rondonópolis, que é o maior da América Latina. Um importante ganho para o desenvolvimento do nosso Estado”, explica o secretário Marcelo de Oliveira.
Durante o evento realizado no município, o Governo de Mato Grosso assinou a ordem de serviço para a construção de uma ponte sobre o Rio Teles Pires, na MT-140, que vai ligar Santa Rita do Trivelato e o distrito de Boa Esperança do Norte. O investimento previsto é de R$ 5,5 milhões.
O deputado estadual Xuxu Dal Molin, ressaltou que a rodovia será uma alternativa para o escoamento da produção, para o transporte de alunos e que irá salvar vidas. “A MT-140 está se transformando na rodovia da vida, é a rodovia alternativa, que vai salvar vidas como nunca antes uma rodovia fez”, disse.
Para o produtor rural Eraí Maggi, que trabalhou para a elaboração do projeto da rodovia, a MT-140 vai encurtar distâncias. “Tem um projeto estrutural para o Estado, para o país. Vai baratear a comida para a empregada doméstica, é esse o trabalho que está sendo feito aqui”, opinou.
Acompanham o governador na viagem os senadores Wellington Fagundes e Fábio Garcia, o deputado federal Nelson Barbudo, os deputados estaduais Nininho, Max Russi, Dr. Eugênio e Xuxu Dal Molin, secretários de Educação, Alan Porto, e de Comunicação Laice Souza, além de autoridades locais.
Convênios
O governador Mauro Mendes assinou quatro convênios durante evento realizado em Santa Rita do Trivelato. Em parceria com as prefeituras, o Estado irá investir 3,2 milhões nos municípios de Nova Brasilândia, Planalto da Serra e Vera.
Em Vera, serão pavimentados 45.588,51 m² de diversas ruas do município. A obra está orçada em R$ 1,013 milhão.
Para Nova Brasilândia foram firmados dois convênios, no valor de 1,028 milhão. O primeiro para asfaltar diversas ruas da cidade e o segundo para a construção de um pórtico na entrada do município.
Por fim, um convênio foi assinado para drenagem e pavimentação da Avenida São Pedro e Rua Planalto, em Planalto da Serra. Com o convênio, Estado e prefeitura vão investir R$ 1,256 milhão.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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