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Neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho toma posse na ABL

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O médico e escritor Paulo Niemeyer Soares Filho tomou posse hoje (27), na Academia Brasileira de Letras (ABL), ocupando a cadeira 12, que ficou vaga com a morte do professor Alfredo Bosi, no dia 7 de abril de 2021. Em entrevista à Agência Brasil, Niemeyer Filho destacou que era uma honra muito grande ser escolhido para estar na Academia de Letras. “Acho que é uma instituição que reúne pessoas do mais alto nível intelectual e você ser aceito e ser acolhido é uma honraria muito grande. Eu estou muito honrado com isso”.

Em seu discurso de posse, Niemeyer Filho disse que coube a ele prorrogar a presença da ciência na ABL, justamente no momento em que o mundo científico sai vitorioso no combate ao coronavírus. “A covid-19 levou amigos e parentes e a Academia Brasileira de Letras não ficou imune, com a perda de um dos seus membros mais ilustres, Alfredo Bosi, professor e acadêmico que não resistiu à doença”.

“Sinto-me muito orgulhoso em ingressar nesta casa. É uma grande honra, um privilégio que distinguiu apenas 261 brasileiros, em seus 124 anos de existência. Serei o primeiro médico a assumir a cadeira de número 12, que foi ocupada por intelectuais de diversas áreas: escritores, jornalistas, poetas, homens públicos, representante do clero e da vida acadêmica. Todos a abrilhantaram. Os médicos sempre estiveram presentes na ABL, desde a sua fundação.”

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Entre as prioridades que pretende desenvolver na ABL, Paulo Niemeyer Filho afirmou que quer ter o prazer da convivência com os demais acadêmicos “e poder levar um pouco da minha vivência nas neurociências para até que [eles] fiquem mais curiosos para saber de onde vem tanto talento literário. Isso deve ter alguma explicação cerebral”, brincou Niemeyer Filho.

Trajetória

Sobrinho do arquiteto Oscar Niemeyer e filho do médico cirurgião Paulo Niemeyer, o novo imortal da ABL dedica-se ao estudo da neurocirurgia desde 1975, quando graduou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Niemeyer Filho nasceu no dia 9 de abril de 1952. 

Niemeyer Filho é especialista em cirurgias de tumores cerebrais, aneurismas, microcirurgias vasculares, más formações, além de ter sido um dos pioneiros, no Brasil, na técnica microcirúrgica para tratamento de nevralgia do nervo trigêmeo, responsável pela sensibilidade da face. Ele é autor dos livros O que é ser médico, No labirinto do cérebro, Memórias Profissionais.

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Foi diretor do Instituto de Neurocirurgia da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro e presidente da Sociedade de Neurocirurgia do Rio de Janeiro. Atualmente, é diretor do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer e professor titular de neurocirurgia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC RJ), além de ser membro titular da Academia Nacional de Medicina (ANM), da Sociedade Norte-Americana ‘Congress of Neurological Surgeon’ e do ‘Neurotraumatology Committee do Word Federation of Neurological Societies’. Niemeyer Filho é, ainda membro do Conselho da Fundação do Câncer.

Edição: Fábio Massalli

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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