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Projeto prevê sala reservada para descarregar armas em aeroportos

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POLITÍCA NACIONAL

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Deputado Alexandre Frota discursa no Plenário da Câmara. Ele tem barba e bigode grisalho e veste um terno escuro
Frota: “Acidentes com armas de fogo podem acontecer a qualquer momento”

O Projeto de Lei 1044/22 torna obrigatória a definição de um local reservado em aeroportos, portos, rodoviárias e estações ferroviárias para que os passageiros que estiverem portando armas de fogo possam descarregá-las e apresentar os documentos de regularidade e de porte da arma.

De acordo com o texto, o local deverá ser seguro e isolado, e dispor do que for  necessário para a segurança de todos (mesa, cadeira, apoios e caixas de areia) a fim de evitar acidentes.

O deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), que apresentou a proposta à Câmara dos Deputados, diz que acidentes com armas de fogo podem acontecer a qualquer momento e lembra o caso recente do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, que realizou um disparo acidental no momento de descarregar sua arma em um balcão do aeroporto de Brasília. Uma funcionária de companhia aérea foi atingida por estilhaços, sem gravidade.

“O procedimento que deveria ser padrão é que o viajante portador de arma de fogo se dirigisse diretamente à dependência da Polícia Federal para apresentar a documentação e as autorizações necessárias. Porém, sabemos que não são todos os aeroportos, portos, rodoviárias e estações ferroviárias que têm uma sala da Polícia Federal”, lamenta Frota.

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Regras vigentes
Conforme as regras brasileiras, a Polícia Federal é quem deve controlar e autorizar o embarque de passageiro armado e o despacho de arma de fogo e munições em aeronaves civis.

Os passageiros que desejarem despachar arma e munições deverão preencher previamente a guia disponibilizada na internet e validá-la junto à unidade da Polícia Federal responsável pelo aeroporto de embarque.

Nesta etapa, o passageiro deverá apresentar toda a documentação da arma a ser despachada, que deverá estar descarregada e acondicionada para o transporte.

O despacho da arma de fogo, após a validação pela Polícia Federal, ocorre no balcão de check-in da empresa aérea responsável pelo voo.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Viação e Transportes; de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Natalia Doederlein

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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