POLITÍCA NACIONAL
Advogadas e juízas defendem maior presença de mulheres no Judiciário
POLITÍCA NACIONAL

Atualmente, o Brasil conta com 649 mil mulheres e 631 mil homens registrados na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), mas a presença na advocacia privada não se reflete no Judiciário brasileiro. Dados do Conselho Nacional de Justiça mostram que em 2019 as mulheres representavam apenas 38% dos juízes de primeira instância e menos de 25% dos juízes de segunda instância.
A representante da Associação Brasileira de Juízes pela Democracia, Marcelise Azevedo, participou de audiência pública da Comissão dos Direitos da Mulher para discutir a participação feminina no Poder Judiciário. Ela afirmou que o sistema de justiça só vai representar a população brasileira quando mulheres e pessoas não brancas estiverem em igualdade nos espaços de poder e decisão. “A construção de um sistema de justiça justo e democrático passa necessariamente pelo afastamento das históricas desigualdades que formaram a sociedade em que a gente vive”, disse.
Marcelise defendeu, entre outras medidas, o combate ao machismo, ao patriarcado, à misoginia e ao racismo no Judiciário. “São ações necessárias para que se alcance um sistema de justiça que realmente tenha como objetivo a pacificação e a justiça social”, disse.
Rosana Rufino, representante do Instituto de Advocacia Negra Brasileira, destacou que existem atualmente apenas 583 mulheres negras juízas, a maioria suplentes. Para ela, é preciso pressionar a OAB para que sejam implementadas políticas eficazes para a inserção de mulheres negras nos espaços de poder.
Para Vládia Feitosa, representante da Comissão Especial de Direitos da Família da OAB, essa disparidade na representatividade dentro do Poder Judiciário deve ser combatida, e para isso existe, desde 2020, uma resolução para garantir a presença de 30% de pretos e pardos e 50% de mulheres no Conselho Federal da OAB.
O Senado Federal analisa a Proposta de Emenda à Constituição 06/22, para que uma a cada duas indicações das listas sêxtuplas para os tribunais seja exclusivamente mulher. A deputada Vivi Reis (Psol-PA) afirmou que a proposta terá o apoio de deputadas na Câmara.
Reportagem – Karla Alessandra
Edição – Geórgia Moraes


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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