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Vôlei apresenta plano para manter tradição de medalha olímpica na quadra

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Dirigentes da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) apresentaram nesta terça-feira (7), na Comissão do Esporte da Câmara, o planejamento para os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. Ao lado do judô, o vôlei é a modalidade com maior número de medalhas olímpicas do Brasil: 24 no total (8 ouros, 11 pratas e 5 bronzes). O primeiro ouro na quadra acaba de completar 30 anos e foi conquistado nos jogos de Barcelona, em 1992. A modalidade ainda acumula 343 medalhas em competições internacionais. Atual CEO da CBV e com duas pratas no vôlei de praia das Olimpíadas de Sidney (2000) e Atenas (2004), Adriana Behar destacou o ineditismo do próximo ciclo olímpico, que será mais curto do que o usual por causa dos ajustes de calendário provocados pela pandemia de Covid-19.

“É um ciclo inédito justamente porque a gente está falando de três anos, já que os Jogos Olímpicos de Tóquio aconteceram no ano passado. A gente tem um desafio grande, com competições todos os anos para a preparação não só para Paris, em 2024, mas também para os próximos jogos, em Los Angeles, em 2028. O investimento e a atenção estão não apenas na categoria adulta, mas também na categoria de base, tanto na quadra quanto na praia”, explicou.

Elaine Menke/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Ciclo Olímpico Paris 2024 – Voleibol. Dep. Luiz Lima PL-RJ
Luiz Lima sugeriu alternativas para superar baixo investimento na base

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As principais competições deste ano são a Liga das Nações, o Circuito Mundial, o Campeonato Mundial e os Jogos Sul-Americanos. Em 2023, os Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, serão o destaque. Segundo Adriana, a CBV conta com receita de R$ 108 milhões, vinda do principal patrocinador, o Banco do Brasil (77%), além de convênios (12%) e recursos do Comitê Olímpico Brasileiro (11%). Desse total, 43% são investidos na organização de competições nacionais e internacionais; 20% na manutenção da CBV e do centro de treinamento de Saquarema (RJ); 19% no ciclo olímpico; e 13% nas categorias de base.

Vôlei de praia
O vice-presidente da CBV, Radamés Lattari, acredita na retomada da hegemonia brasileira no vôlei de praia perdida nos Jogos de Tóquio, no ano passado. Foi a primeira vez desde a estreia da modalidade em jogos olímpicos, em 1996, que o Brasil ficou sem medalha na praia.

“Com a globalização, aquelas grandes diferenças que existiam se reduziram bastante hoje. A Confederação Brasileira de Vôlei é uma das poucas que investem tanto no seu circuito interno quanto nas suas seleções. A maioria dos países investe em uma ou outra dupla para representar o país. A gente fez modificações no nosso circuito apostando que, em breve tempo, a gente volta a ter duplas cada vez mais competitivas no cenário internacional”.

O presidente da Comissão de Atletas de Vôlei de Praia, Carlos Arruda, reclamou que, desde 2016, a modalidade vem sofrendo com redução de investimento, perda de patrocínio e extinção das transmissões em canal aberto de TV. Arruda também criticou a CBV por mudanças nos critérios de apoio aos atletas e redução na premiação. No vôlei de quadra, o presidente da comissão de atletas, Rodrigo Santana, cobrou a revisão dos estatutos da CBV a fim de democratizar o processo de decisão nas assembleias e eleições da entidade.

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Pouco investimento na base
Organizador do debate, o deputado Luiz Lima (PL-RJ) sugeriu alternativas para superar o ainda baixo investimento nas categorias de base.

“A gente poderia conseguir para esses times que investem no vôlei adulto alguma facilidade do poder público, um plano nacional que pudesse fazer com que esses clubes também tivessem categorias de base, até com incentivo público. Fica aqui a sugestão também para a Secretaria Especial de Esportes. Não só para o vôlei, mas para outras modalidades também”, apontou.

O secretário de alto rendimento da Secretaria Especial do Esporte, Bruno Souza, informou que o vôlei é uma das modalidades mais beneficiadas no programa Bolsa Atleta. Desde 2005, foram concedidas 2.837 bolsas para 1.304 jogadores de vôlei, com investimento total de R$ 58 milhões.

Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Ana Chalub

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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