MATO GROSSO
Ações dos núcleos de Avaliação de Tecnologia em Saúde de MT são destaques nacionais
MATO GROSSO
Os Núcleos de Avaliação de Tecnologia em Saúde (NATS) de Mato Grosso, mantidos pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) e pelo Hospital Universitário Júlio Muller, tiveram experiências selecionadas e apresentadas no evento da Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Rebrats) e na Organização Pan Americana de Saúde (Opas), realizado nesta semana em Brasília.
As ações de sucesso foram compartilhadas no evento após a seleção das seis melhores experiências em âmbito nacional, da qual participaram 88 núcleos existentes no Brasil. O Núcleo de Avaliação de Tecnologia da SES-MT existe desde 2014, sendo o primeiro instituído no Estado; o segundo núcleo foi criado pelo Hospital Universitário Júlio Muller, em 2016.
Desde 2015, o núcleo da SES-MT atua em parceria com o do Hospital, por meio de convênio de cooperação técnica. A parceria proporciona para a SES-MT a obtenção de base de dados que são necessários para o trabalho do núcleo estadual. Essa atuação conjunta, por meio de convênio entre as instituições estadual e federal, foi destaque como experiência de sucesso, com reconhecimento nacional.
A trajetória do NATS da SES-MT foi partilhada como um “caso de sucesso” e o convênio firmado com Hospital Universitário Júlio Muller foi selecionado como estratégia de colaboração e atuação exitosa no quadro “As experiências da Rebrats: compartilhar e evoluir”.
“Ter nossa história em destaque e as estratégias que usamos para vencer barreiras e escassez de recursos como modelo a ser partilhado é gratificante. Indica que estamos no caminho certo”, comemorou Kelli Nakata, presidente do NATS da SES-MT.
Para o coordenador do NATS do Hospital Universitário Júlio Muller, Helder Cássio de Oliveira, “ter boas parcerias é muito importante para impulsionar estratégia de crescimento de organizações. Ganham ambas as partes por poderem fazer juntos, o que seria difícil fazer sozinhos”.
A Rebrats foi oficialmente criada em 2011 e exerce um papel importante na promoção e difusão da Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) no Brasil, atuando como um elo entre pesquisa, política e gestão por meio de estudos que colaboram com o processo de incorporação, monitoramento e desincorporação de tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS).
Os Núcleos de Avaliação de Tecnologias em Saúde representam uma ferramenta valiosa nos processos decisórios de incorporação, monitoramento e mudança de tecnologias, uma vez que fornecem informações de benefícios e riscos para saúde, além de consequências econômicas e sociais da utilização de tecnologias em saúde.
O NATS da SES-MT está aberto para realizar avaliações de tecnologias em saúde para qualquer unidade da pasta. “A equipe auxilia na tomada de decisão dos gestores para adotar novas tecnologias no sistema de saúde, realizando análise técnica da eficácia, do impacto no orçamento, da segurança do produto ou serviço e do custo efetividade, além de demonstrar se algum produto ou conduta tornou-se obsoleta, por meio de avaliação”, concluiu a gestora Kelli Nakata.


MATO GROSSO
Audiência pública sobre obras inacabadas do BRT em Cuiabá é marcada pela ausência do governo estadual

Na tarde desta sexta-feira (14), a Câmara Municipal de Cuiabá sediou uma audiência pública convocada pela Comissão de Obras, com o intuito de discutir os avanços e os desafios das obras do BRT na cidade. Presidida pelo vereador Alex Rodrigues, a audiência contou com a presença dos vereadores Dídimo Vovô, Ildes Taques, Demilson Nogueira, Dilemário Alencar, Jefferson Siqueira, Eduardo Magalhães, Paula Calil e Daniel Monteiro.
O evento também reuniu representantes de diversas entidades e órgãos importantes, como Paulo Cesar (Diretor de Trânsito da SEMOB), Kamila Auxiliadora (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), Juliano Brustolin (Vice-presidente da Comissão de Acompanhamento Legislativo), Junior Macagnam (Presidente da CDL), Sebastião Belém (Secretaria de Obras Públicas), José Ademir dos Santos Junior (Empresa J. Prime), Pedro Aquino (Presidente da ASSUT – MT e da Associação dos Usuários do Transporte Público de Cuiabá), Álvaro Bezerra (Diretor da ACEC), Nicolau Cesar (Diretor da SEMOB) e Mauro (Pastoral do Imigrante).
Apesar da ampla participação de autoridades e especialistas, a audiência foi marcada por uma ausência significativa: o governo do estado, responsável pelas obras, não enviou nenhum representante. A ausência foi bastante impactante, considerando que foram 45 dias de organização para a devida audiência. A falta de explicações sobre o andamento da obra e os atrasos no cronograma gerou revolta entre os presentes.
O presidente da Comissão de Obras, Alex Rodrigues, não escondeu a frustração com a ausência do governo estadual. “A política seria da resultado, a politicagem não. Gostaríamos de saber pelos responsáveis o prazo, o cronograma e o projeto, mas isso não vai diminuir o trabalho da Câmara Municipal de Cuiabá. Vamos continuar nosso trabalho e convidá-los para a próxima reunião da comissão de obras”, afirmou Alex Rodrigues, ressaltando que a população está cobrando respostas sobre o andamento da obra. “Quem nos elegeu está cobrando, que é o povo. O povo não está aqui na audiência porque está trabalhando, tem hora para chegar e sair. E o BRT era para ser um auxílio no dia a dia das pessoas”, completou.
Os impactos das obras inacabadas
Os atrasos nas obras do BRT têm gerado sérios impactos no trânsito de Cuiabá, com reflexos visíveis em várias regiões da cidade. A situação é especialmente crítica em avenidas como a do CPA e Fernando Corrêa, onde as obras têm causado congestionamentos e dificultado o deslocamento da população. A Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), um dos principais pontos críticos da obra, ainda não conta com uma solução definitiva para os alagamentos que comprometem a operação dos ônibus elétricos planejados para o sistema.
Além disso, os atrasos têm origem em um impasse entre o governo do estado e o Consórcio Construtor BRT Cuiabá, liderado pela Nova Engevix Engenharia e Projetos S/A. O consórcio, contratado em 2022 por R$468 milhões, afirma que o anteprojeto da obra não previu soluções essenciais, como a macrodrenagem da Prainha, o que tem dificultado a execução do cronograma e gerado mais atrasos.
Propostas de soluções e próximos passos
Durante a audiência, os vereadores presentes reafirmaram seu compromisso em buscar soluções para destravar a obra e atender às necessidades da população cuiabana. Como próximo passo, os membros da Comissão de Obras Públicas realizarão uma visita técnica aos canteiros de obra para avaliar de perto os avanços e os desafios enfrentados pelo projeto.
“Nosso compromisso é com os cuiabanos. Essa obra precisa andar e atender às necessidades da população”, enfatizou Alex Rodrigues. A visita técnica servirá para que os vereadores possam verificar, pessoalmente, o andamento da obra e buscar alternativas para acelerar sua execução.
A audiência pública foi uma tentativa de dar transparência ao processo e de envolver a população nas discussões sobre o futuro do BRT. A participação dos cidadãos é essencial para que suas demandas sejam ouvidas e consideradas nas decisões que impactam o desenvolvimento da cidade. A Câmara Municipal de Cuiabá continuará a realizar reuniões e audiências sobre o tema, buscando uma solução definitiva para as obras inacabadas que afetam o cotidiano dos cuiabanos.
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