POLITÍCA NACIONAL
Câmara promove abertura de seminário sobre o Bicentenário da Independência do Brasil
POLITÍCA NACIONAL

A Câmara dos Deputados promoveu, nesta terça-feira (28), a cerimônia de abertura do seminário “O Movimento da Independência: Ontem e Hoje / 200 Anos de Independência do Brasil”, com a participação dos deputados que compõem a comissão especial do Bicentenário e a apresentação de um recital em que foram ouvidas obras musicais que têm relação com aquele momento histórico do Brasil.
Na abertura, os deputados, além do ex-deputado Evandro Gussi (que coordenou a comissão no início, em 2017), fizeram rápidos comentários sobre a data a uma plateia composta por professores e autoridades brasileiras e representantes diplomáticos.
A deputada Soraya Santos (PL-RJ) destacou o desempenho de mulheres guerreiras no processo de Independência, tema que será alvo de debates em um dos painéis do seminário.
“Todas as vezes que a gente falava da história, pouco se falava das mulheres. E temos o privilégio de reavivar a história da Leopoldina. Temos um painel que vai tratar das mulheres na Independência. As mulheres que ombro a ombro com os homens construíram essa nação”, disse.
O deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG) lembrou de palavras de seu pai, que também foi deputado, de que um povo sem história é um povo sem raízes e sem frutos. Mas Andrada lamentou que os festejos do Bicentenário estejam aquém daqueles do Sesquicentenário, realizados em 1972 durante a ditadura militar.
O deputado Gustavo Fruet (PDT-PR) também afirmou que o evento, a mais importante data oficial, não está sendo celebrado à altura do que deveria, mas destacou a iniciativa da Câmara. Para Fruet, é importante analisar o que significa ser independente.
Já a deputada deputada Caroline de Toni (PL-SC) ressaltou a importância de valorizar o legado dos pais fundadores da independência.
O seminário, que começa nesta quarta (29), trará historiadores e outros especialistas para mostrar o processo de independência a partir de painéis temáticos, como explica o atual coordenador da Comissão do Bicentenário, deputado Enrico Misasi (MDB-SP).
“Na quarta e quinta, teremos seis mesas-redondas com alguns dos maiores especialistas discutindo temas relacionados à independência. Cada mesa foi estruturada com um personagem: dom João 6º, dom Pedro 1º, José Bonifácio, a Imperatriz Leopoldina, Hipólito José da Costa e Soror Angélica. Os especialistas vão tratar tanto da atuação desses personagens no momento da independência como também dos reflexos e das pontes que são possíveis traçar entre o momento que o Brasil viveu há 200 anos e o momento que vivemos hoje, para que possamos fazer uma reflexão sobre o presente e o futuro.”
Exposições
A Câmara exibe também, a partir desta semana, duas exposições sobre os 200 anos da Independência do Brasil. As mostras fazem parte das comemorações da data iniciadas em 2017, com exposições, debates, sessões solenes, lançamento de selos e publicações sobre o tema.
A primeira exposição – “O movimento da Independência” – destaca marcos históricos que permitiram que, em 7 de setembro de 1822, dom Pedro declarasse o Brasil independente de Portugal.
Na outra mostra – “Poder, Parlamento e Governo no Brasil” – estão livros e documentos do Centro de Documentação e Informação da Câmara e do Arquivo Nacional, medalhas do Museu da Câmara, entre outros itens do acervo. Os itens ficarão expostos no Salão Verde, nas vitrines que guardam presentes protocolares.
As exposições e outras instalações podem ser visitadas até 9 de setembro, das 9h às 17h. A entrada é franca.
Outras comemorações
Até setembro, as comemorações do Bicentenário pela Câmara envolvem ainda o lançamento de dois livros — um sobre dom Pedro 1º e outro sobre o movimento da Independência. E no dia 7 de Setembro, encerrando o período de comemorações, haverá sessão solene do Congresso Nacional.
Também será exibida a partir desta terça-feira (28) animação artística inspirada nas exposições exibidas entre 2017 e 2021. A projeção imersiva está instalada no hall da Taquigrafia, no anexo 2 da Câmara.
E, de hoje até quinta, o prédio do Congresso Nacional fica iluminado nas cores verde e amarelo, também em comemoração ao Bicentenário da Independência.
Reportagem – Eduardo Tramarim
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados Federais


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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