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Residência de Darcy Ribeiro em Maricá será transformada em casa-museu

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A casa do antropólogo Darcy Ribeiro, situada na Rua 119, em Cordeirinho, região litorânea de Maricá, na Região dos Lagos, vai passar por processo de revitalização, a ser iniciado nos próximos dias, para ser transformada em casa-museu e museu digital. As obras incluem um anexo no terreno ao lado, com auditório, biblioteca e cafeteria.

A previsão de entrega das obras pela Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar) é no fim deste ano. O centenário de Darcy Ribeiro será comemorado em outubro próximo.

Idealizada originalmente por Oscar Niemeyer, a construção vai receber agora projeto do arquiteto Gringo Cardia. Solenidade realizada na última sexta-feira (1º) marcou o início do projeto.

A diretoria de Economia Criativa e Sustentável da Codemar informou que o interior da casa, erguida há cerca de 30 anos, vai receber painéis digitais onde serão mostradas a vida e a obra do antropólogo, historiador, sociólogo, escritor e político, que terminou ali seu mais famoso livro O Povo Brasileiro, além de viver no local parte de seus últimos dias. Está prevista também a implantação de acessibilidade na construção e um deck (plataforma de tábuas), interligando a casa com a futura Praça da Utopia e com outra casa-museu na rua ao lado, da sambista Beth Carvalho, cujo projeto está em elaboração.

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Cultura

Segundo o prefeito de Maricá, Fabiano Horta, a Casa de Darcy Ribeiro integra conjunto de ações que visam a resgatar o valor da cultura deixada por personalidades que frequentaram a cidade, como Beth Carvalho, o jornalista João Saldanha e a cantora Maysa, além do próprio antropólogo. “É muito importante deixar vivo esse legado. Aqui, vamos ter muita interatividade para atrair cada vez mais pessoas, que virão conhecer e se inspirar no seu exemplo”, afirmou Horta.

O presidente da Codemar, Olavo Noleto, disse que a revitalização da casa vai consolidar Maricá como um lugar no mundo a ser visitado. “Esse espaço vai sediar a história e o espírito desse homem, que nos deixou o legado de uma das maiores obras já escritas no Brasil. Para nós, é um grande orgulho fazer parte dessa história. Com as outras casas-museu que estão a caminho, como as de Beth Carvalho e de Maysa, Maricá vai se transformar em grande museu a céu aberto”.

Farol

O presidente do Instituto Darcy Ribeiro, José Ronaldo da Cunha, por sua vez, destacou que Maricá vai passar a ser “um farol do pensamento” de Darcy. “Aqui vai virar espaço de referência para projetar e reverberar o pensamento dele. Este será um lugar vivo, um museu para pensar o futuro e pensar o Brasil. 

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Darcy Ribeiro nasceu em Montes Claros (MG), em 26 de outubro de 1922, e morreu em Brasília, DF, em 17 de fevereiro de 1997. Foi eleito em 8 de outubro de 1992 para a Cadeira nº 11 da Academia Brasileira de Letras (ABL), sucedendo a Deolindo Couto. Foi recebido em 15 de abril de 1993 pelo acadêmico Candido Mendes de Almeida.

Edição: Graça Adjuto

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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