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OAB e Adepol se reúnem pela primeira vez na gestão para renovar relação histórica

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O presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti, recebeu, na manhã desta quarta-feira (6/7), o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia (Adepol), Rodolfo Queiroz Laterza. O encontro teve a intermediação e presença, também, do membro honorário vitalício Ophir Cavalcante. Esta foi a primeira reunião entre as duas entidades nesta gestão. 

A pauta foi a interlocução com a OAB sobre assuntos de natureza criminal, especialmente sobre projetos de lei comuns à advocacia e aos delegados, ou questões como as ampliações e garantia de possibilidades de sustentação oral de advogados na atuação profissional.

“Trata-se de um diálogo de estreitamento de laços e convergências de pautas, sobretudo na defesa da cidadania, na promoção do avanço legislativo sobre questões que ampliam e protegem o direito de defesa do cidadão brasileiro, com a consciência de que as polícias judiciárias do Brasil têm muito bem definidas as suas funções e finalidades no texto legal”, afirmou Simonetti.

Ophir Cavalcante complementou que um dos objetivos da reunião era harmonizar ainda mais as duas atuações. “E tratar também do reconhecimento do delegado de polícia sobre a essencialidade do advogado em uma instrução criminal. E que passa pelos inquéritos policiais, etc. A essencialidade de o advogado ter acesso, participar como um instrumento de defesa dos direitos e garantias fundamentais do cidadão”, ressaltou.

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Laterza falou sobre a importância da OAB como instituição essencial à Justiça. “E, além disso, absolutamente respeitada e valorada pela Adepol do Brasil ao longo de sua história. Em inúmeras pautas convergentes. Gostaria de destacar que a Adepol do Brasil foi uma forte apoiadora da Lei 13.245, de 2016, em que o relator foi o saudoso deputado Arnaldo Faria de Sá, recentemente falecido, e que era um grande amigo da Adepol do Brasil”, disse, se referindo à lei que alterou o Estatuto da OAB no que diz respeito à atuação do advogado na investigação preliminar. 

O presidente da Adepol também agradeceu “pelo respeito à carreira de delegado de polícia no âmbito do nosso sistema de justiça criminal, em uma posição de absoluto reconhecimento do papel do delegado no sistema de justiça criminal”. Beto Simonetti reforçou, afirmando que o que se faz é, na verdade, a renovação da relação histórica entre ambas as entidades.

Fonte: OAB Nacional

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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