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RJ registra queda de homicídios e roubos e alta de estupros
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O Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro, ligado à Polícia Civil do estado, divulgou hoje (21) os dados da criminalidade no primeiro semestre de 2022. O estado teve redução de 15% nos homicídios dolosos e de 13% nos roubos de rua. Por outro lado, os estupros aumentaram 9%, e os desaparecimentos, 37%.
Um dos principais indicadores levantados é a letalidade violenta, que somou 2.143 vítimas entre janeiro e junho de 2022, o que representa uma queda de 18% na comparação com o mesmo período do ano passado. O número soma homicídios dolosos, roubos seguidos de morte, lesões corporais seguidas de morte e mortes por intervenção de agentes do Estado.
Somente no mês de junho, foram 314 mortes desse tipo registradas pelas delegacias de polícia, um número 8% menor que o de junho do ano passado.
As mortes que resultaram da intervenção de agentes do Estado foram 628 entre janeiro e junho, o que significa uma queda de 22% em relação a 2021. Em junho, foram 77 casos, 21% a menos que no ano passado. Ainda segundo o ISP, cinco policiais militares e dois policiais civis foram mortos em serviço de janeiro a junho de 2022, enquanto, no ano passado, quatro PMs e nenhum policial civil foram mortos em serviço no mesmo período.
Pessoas desaparecidas
O número de desaparecimentos registrados pela polícia subiu de 1.893, em 2021, para 2.595, em 2022, segundo o ISP. Somente no mês de junho, foram 415 pessoas desaparecidas, 89 a mais que em junho do ano passado.
Também houve aumento nos casos de estupro. De janeiro a junho deste ano, 2.740 pessoas foram vítimas desse crime, e 440 sofreram essa violação no mês de junho, o que representa uma alta de 25% em relação a junho de 2021.
Os roubos de rua, que incluem também roubos no transporte coletivo, somaram 30.776 casos no semestre, redução de 13% com relação a 2021, sendo 5.319 casos em junho. Já os roubos de veículo foram 11.703 casos, com uma redução de 9%. Os furtos de veículos, por sua vez, tiveram alta de 21%, com 8.391 casos no semestre.
Edição: Aline Leal
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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