POLITÍCA NACIONAL
Proposta destina R$ 20 milhões para Caixa, Banco da Amazônia e projetos navais
POLITÍCA NACIONAL

O Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 31/22 abre crédito especial ao Orçamento da União de 2022 no valor total de R$ 20,026 milhões, em favor das empresas Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia (Basa) e Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron).
Segundo a justificativa da proposta, assinada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, o crédito decorre de solicitações formalizadas pelas empresas e confirmadas pelos respectivos ministérios supervisores.
Conforme o Executivo, a solicitação da Caixa, de R$ 18,54 milhões, tem como finalidade realizar obra de restauro, reforma e adaptação do Edifício Cine Imperial em Porto Alegre (RS) com a instalação de Caixa Cultural, que permitirá à empresa o cumprimento do acordo com a Prefeitura de Porto Alegre. O crédito adicional será custeado por meio de geração de recursos próprios.
No que se refere ao Basa, o crédito terá o valor de R$ 1,16 milhão e possibilitará a expansão da rede de atendimento em quatro unidades, a fim de ampliar sua atuação no Pará, em Rondônia e no Tocantins. “O crédito adicional será custeado por meio de anulação parcial de dotação orçamentária da programação da empresa na ação ‘4106 – Manutenção da Infraestrutura de Atendimento’”, esclarece a justificativa.
Já a solicitação da Emgepron, no montante de R$ 310 mil, terá como objetivo a aquisição de câmara climática de alta e baixa temperaturas, “equipamento que permitirá a execução de ensaios especificados em normas nacionais e internacionais de produção e venda de munições”. De acordo com a justificativa, “também proporcionará condições de atendimento frequentemente exigidos por clientes fora do País e assegurará a conformidade desses produtos em relação a seus projetos, aumentando a aceitação internacional dos produtos da empresa”. O crédito adicional será custeado por meio de geração de recursos próprios.
Impacto fiscal
De acordo com o governo, os créditos solicitados pela Caixa e pelo Basa não geram impacto no resultado primário, pois estão excluídas do cálculo por serem instituições financeiras.
No que diz respeito ao crédito da Emgepron, a suplementação gera impacto fiscal de R$ 310 mil. “Entretanto, tendo em vista o resultado primário apurado no 2º bimestre de 2022, conforme demonstrado no Relatório de Avaliação das Receitas e Despesas Primárias, projeta-se um déficit primário de R$ 1,95 bilhões para o conjunto das empresas estatais federais no exercício de 2022, o que abre espaço fiscal para o crédito e o torna compatível com a meta de resultado primário estabelecida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2022”, conclui a justificativa.
Tramitação
O projeto deve ser analisado pela Comissão Mista de Orçamento antes de seguir para votação no Plenário do Congresso Nacional.
Reportagem – Lara Haje
Edição – Marcelo Oliveira
Fonte: Câmara dos Deputados Federais


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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