Search
Close this search box.
CUIABÁ

JURÍDICO

Comissão de Direitos Humanos dialoga com indígenas da Bahia sobre ataques a terras Pataxós

Publicados

JURÍDICO

A Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) do Conselho Federal da OAB recebeu, na manhã desta terça-feira (13/9), um grupo de indígenas para conversar sobre a situação de ataques que comunidades Pataxós vêm sofrendo nos últimos dias na Bahia. As lideranças pedem o apoio e a orientação da CNDH no diálogo com o governo federal. O vice-presidente da OAB Nacional, Rafael Horn, participou do encontro.

O Movimento Coletivo de Caciques e Lideranças Pataxó do entorno do Monte Pascoal das Terras Indígenas Comexatibá, Barra Velha e Território Pataxó de Coroa Vermelha esteve na sede da OAB Nacional depois do assassinato do adolescente Gustavo Silva da Conceição, de 14 anos, no dia 4 deste mês. Além de Gustavo, outro indígena de 16 anos foi ferido no braço por um disparo de arma de fogo.

“Diante desta situação, viemos pedir socorro em caráter de extrema urgência das autoridades competentes para que tomem as devidas providências legais, a fim de inibir os atentados, tocaias e ações violentas contra nosso povo, principalmente as lideranças que são alvo dos fazendeiros, sobretudo nos últimos três meses”, diz o documento entregue ao Conselho Nacional de DHs, bem como à Comissão da OAB. 

Leia Também:  Seminário da OAB Nacional reflete sobre direitos de pessoas com deficiência no Setembro Verde

Silvia Souza, presidente do colegiado do CFOAB, recebeu o grupo e manifestou preocupações com o escalonamento da violência na região. “As denúncias apresentadas pelas representações dos povos indígenas do sul da Bahia são lastimáveis e requerem medidas imediatas. A Comissão Nacional de Direitos Humanos se solidariza com esses povos e lamenta com profunda tristeza o assassinato do adolescente Pataxó Gustavo Sílva da Conceição de apenas 14 anos”, disse.

A Comissão se comprometeu em envidar “todos os esforços de forma diligente para que as autoridades públicas competentes tomem todas as providências e as medidas urgentes para garantir a segurança dos territórios e os povos indígenas que os ocupam possam viver em paz”. 

O cacique Zeca Pataxó explica que são 51 mil indígenas da etnia na Bahia e, nos últimos dias, os territórios de Barra Velha e Comexatibá, nos municípios de Prado e Porto Seguro. As lideranças querem a formalização dos territórios do Extremo Sul da Bahia, a investigação do assassinato do adolescentes, a presença da Polícia Federal para a proteção deles e controle da situação. 

Leia Também:  OAB presente à abertura de seminário no TST sobre os 80 anos da Justiça do Trabalho

“Esses territórios já estão demarcados, falta apenas a homologação, e o governo federal ainda não fez essa assinaturas e, por isso, os indígenas têm reivindicado o seu território e sofrido as consequências e os ataques de pistoleiros da região. Nós temos medo porque o nosso povo está vulnerável em casa, no colégio e, por isso, pedimos para que a OAB reforçasse nossas demandas por apoio lá”, detalhou o cacique. 

Os agressores têm usado armas de fogo de diversos calibres e bombas de gás lacrimogêneo, de uso exclusivo das Forças Armadas e da polícia. Com a demarcação das áreas paralisadas há anos, os indígenas se preocupam também em barrar a degradação do completa do território por fazendeiros e empreendimentos imobiliários.

Fonte: OAB Nacional

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

JURÍDICO

CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

Publicados

em

A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

Leia Também:  Coordenação Nacional de Interiorização é apresentada ao Conselho Pleno da OAB

Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA