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CFOAB participa de seminário do TSE para observadores internacionais das eleições

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A Justiça Eleitoral promoveu, nesta quinta-feira (29/9), o Programa de Convidados Internacionais para as Eleições Gerais de 2022. O evento, realizado no Hotel Windsor, em Brasília, foi organizado como um ciclo de palestras aos convidados internacionais com apresentação do funcionamento, números e ações afirmativas do sistema eleitoral brasileiro. 

Compuseram a mesa de abertura o presidente da OAB, Beto Simonetti, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, e o chefe da Missão de Observação da União Interamericana dos Órgãos Eleitorais (Uniore), Lorenzo Córdova. 

“A Ordem dos Advogados do Brasil tem um compromisso histórico com o fortalecimento do sistema eleitoral. No período de redemocratização, a Ordem lutou incansavelmente pelo reestabelecimento das eleições diretas. Em 1996, toda a advocacia celebrou a criação das urnas eletrônicas. E continuamos a celebrá-las!”, ressaltou Simonetti. 

Ele lembrou que, no início deste mês, participou da cerimônia de Assinatura Digital e Lacração dos Sistemas Eleitorais. “Vi de perto o alto nível de segurança das nossas urnas eletrônicas, que se tornaram referência para o mundo inteiro.” Ele assegurou, ainda, que a OAB Nacional tem trabalhado para restabelecer a confiança dos cidadãos nos Poderes da República, sobretudo neste período final.

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Para Simonetti, o Programa de Convidados Internacionais é a expressão concreta do espírito cooperativo gerado nas nações democráticas. “A participação de vossas excelências nos dá a oportunidade de intercambiar informações, trocar experiências e dialogar a respeito de problemas comuns a todos os países, como o impulsionamento de desinformação eleitoral pela internet”, disse. 

Democracia diária e permanente

Rosa Weber ressaltou a importância dos participantes de missões internacionais, como testemunhas oculares e colaboradores do constante aperfeiçoamento do processo brasileiro. “Democracia não se resume a voto periódico. É diária e permanente e se assegura pelo Estado Democrático de Direito. Ela exige observância às regras do jogo”, acrescentou. 

Alexandre de Moraes reforçou a segurança do sistema eleitoral brasileiro. “A Justiça Eleitoral garantirá que as eleições sejam feitas de forma segura e confiável. Para que haja a verdadeira democracia, há a necessidade de plena liberdade e segurança do exercício do direito de voto. A segurança e liberdade do voto serão efetivadas com a observância do absoluto sigilo do voto, plenamente garantido pelas urnas”, afirmou. 

Ele deu ainda um panorama das eleições: são 2,6 mil juízes eleitorais e o mesmo número de promotores eleitorais, 1,8 milhão de mesários e mais de 22 mil servidores. Este ano, o Brasil conta com a presença de cerca de 90 autoridades eleitorais e representantes de 30 países. Todos os continentes se fazem presentes, em prol do aperfeiçoamento do sistema eleitoral democrático e dos direitos humanos. 

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Os observadores internacionais assistirão ao ciclo de palestras até sábado (1º/10) e, no domingo (2/10), dia do primeiro turno do pleito, presenciam o início da votação em uma seção e assistem ao Teste de Integridade das Urnas Eletrônicas. Além disso, visitarão locais de votação e retornarão ao TSE para assistir à totalização dos votos.

“Com o trabalho incansável de toda a Justiça Eleitoral e com a ajuda de vossas excelências, estou certo de que teremos mais uma eleição limpa, segura e transparente. Os direitos políticos serão garantidos. O voto de cada eleitor será contabilizado e todos os eleitos pelo povo assumirão seus cargos”, pontuou Simonetti.

Fonte: OAB Nacional

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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