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Atletas de Mato Grosso conquistam 104 medalhas no brasileiro de Kung Fu Wushu

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Ao todo, 43 atletas da Federação Mato-grossense de Kung Fu Wushu trouxeram 104 medalhas do 32º Campeonato Brasileiro de Kungfu Wushu (32ºCBKW), realizado em Goiânia, no período de 12 a 16 de outubro. Foram 49 de ouro, 32 de prata e 23 de bronze.

Somente do projeto social desenvolvido na Academia CPA Fitness, pelo mestre Bruk Lee e sua filha e atleta Brenda Silva, em rede com o Instituto INCA-Inclusão, Cidadania e Ação, foram 20 atletas. Eles trouxeram 30 medalhas de ouro, 22 de prata e 9 de bronze. 

Participaram dois PCDs (pessoas com deficiência) do projeto – Tabatta Cristina da Silva Souza, de 14 anos, que conquistou três medalhas de ouro; e Fernando Silva Araújo, de 31 anos, com duas de prata e uma de bronze, ambos na categoria de adaptados. Eles também são campeões das Américas, do último Panamericano realizado neste ano, em Brasília. 

Também teve Inês Antônia Marques de Souza, de 71 anos, participando de seu primeiro brasileiro, que trouxe uma medalha de prata, somando 11 medalhas em seus podiums. Além de 17 crianças e adolescentes, de 6 a 15 anos de idade. 

Dentre os federados, 18 já eram atletas da Academia CPA Fitness, que conquistaram 17 medalhas de ouro, 10 de prata e 13 de bronze; um veio de Cáceres e conquistou a medalha de ouro, e outros quatro, de Juína, que trouxeram uma de ouro e uma de bronze.

No dia 10 de novembro, três atletas seguem para o 3º Campeonato Sul-americano de Kungfu e a 3ª Copa Sul-americana de Sanda, a serem realizados de 10 a 14 de novembro, em Buenos Aires, na Argentina. 

Como técnico da seleção, o mestre Bruk conduzirá Tabatta Cristina na categoria de adaptados, Brenda Silva, no Taolu Tradicional, e Moisés Ribeiro, no Sanda.

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Projeto social

O projeto completou um ano no mês de agosto de 2022, implantado via emenda parlamentar, por meio do Ministério da Cidadania.

O projeto social Kung Fu Wushu foi elaborado para oportunizar aulas gratuitas de Kung Fu, nas modalidades Kung Fu Tradicional, Tai Chi e Boxe Chinês a 100 inscritos de baixa renda familiar, com pouca ou quase nenhuma atividade esportiva, buscando minimizar as diferenças sociais para o maior número de pessoas. Além de fomentar o esporte em si e o lazer ao público da Grande Morada da Serra, onde está localizada a academia que atende o projeto.

Durante este período, os alunos se tornaram verdadeiros atletas, onde muitos garantiram dezenas de medalhas em campeonatos de seletiva, como no Mato-grossense, que aconteceu em Cuiabá, e para o Brasileiro, realizado em Brasília (DF), no final de 2021, onde os idosos também competiram, consagrando entre os melhores colocados do Brasil, garantindo, para alguns, vagas no mundial.

“Temos apenas 28 anos de história de Kung Fu em Mato Grosso. Por isso, este projeto é importante, para ajudar a difundir o esporte no Estado. Como, por exemplo, inseri-lo nos jogos escolares, algo que estou buscando na Secretaria de Estado. Imagina esses atletas disputando, na seletiva, uma vaga no Estadual? Teríamos um nível melhor de atletas se destacando por Mato Grosso”, ressalta mestre Bruk. 

Agora, o projeto está finalizando a segunda etapa, sendo patrocinado pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer, via emenda parlamentar estadual, ofertando cursos de capacitação e aperfeiçoamento a alunos e professores, nas modalidades Sanda, Wushu Moderno, Wushu Tradicional e Arbitragem. 

O projeto começou com o Kung Fu Wushu Sanda, pela professora e atleta internacional de Sanda, Edinea Camargo. Depois, com o curso de Wushu Moderno, com o professor de Arte Marcial Wushu Esportivo, João Ferreira Júnior, ex-atleta da seleção brasileira de Wushu multicampeão nacional e internacional, que formou diversos atletas medalhistas Brasil à fora, além de ter sido técnico da seleção brasileira por 10 anos, de 2009 a 2019, e treinador de Brenda Silva. 

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Também teve a capacitação de Wushu Tradicional e Arbitragem, pelos professores Renato Feijó e Nina Romano. Nesta etapa, os alunos também ganharam sapatilhas para compor o traje de aulas, apresentações ou competições.

Sobre o Kung Fu

O termo Kung-Fu é aplicado às artes marciais chinesas, desenvolvidas há mais de 3 mil anos, sendo uma das mais antigas do mundo. O Kung-Fu não é apenas conhecido por ser uma forma saudável de exercícios físicos e um sistema de defesa pessoal altamente eficientes. Mostra ser, também, um benefício mental e espiritual para o praticante. O Kung-Fu une mente, espírito e corpo, habilitando ações harmoniosas entre os elementos da vida de um ser humano.

A filosofia reside na importância entre a harmonia e a ordem natural das coisas.

Dentro do Kung Fu, existem os departamentos do Taolu Tradicional, que trabalha a cultura raiz do Kung Fu básico; o Taolu Esportivo, de alto rendimento, onde traz o salto e velocidade, com um alto índice técnico, sendo mais artístico e performático do que o Tradicional; e o Sanda, que é de combate físico.

Dentro de cada departamento, existem as categorias de idade, peso e formas, que são as armas utilizadas (curtas, médias e longas, entre outras), para que as competições sejam justas, e que podem acontecer como lutas combinadas, individuais, ou em grupo, por exemplo.

Fonte: GOV MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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