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Adolescente deixa internação e promete seguir profissão de barbeiro

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Um adolescente em conflito com a lei, que estava internado no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Rondonópolis (213 km de Cuiabá), deixou a unidade e prometeu abrir o seu próprio negócio. Na unidade, ele aprendeu as técnicas de barbearia e corte de cabelo e voltou para casa levando um kit completo de corte de cabelo e barba, além do certificado.

Ele foi apreendido em Nova Mutum (242 km de Cuiabá) e encaminhado ao Sistema Socioeducativo de Rondonópolis em abril deste ano.

O interno foi incentivado, pela equipe de socioeducadores, a participar do Projeto Identidade, Promoção e Autonomia (Pipa), desenvolvido pelos agentes da unidade em parceria com a Vara de Infância de Juventude da Comarca de Rondonópolis.

Em uma das oficinas ofertadas, ele decidiu participar do curso de Barbearia, com 40 horas-aula. O projeto permitiu conhecer a profissão e as técnicas de corte de cabelo e barba. Enquanto cumpria sua medida, o interno continuou treinando sua habilidade, colocando em prática o que havia aprendido, cortando o cabelo de outros internos e de servidores da unidade.

O gestor do Case, Carlos Heliabe destacou que, após sete meses da sua internação, o adolescente ganhou a liberdade e, antes de sair, foi até a equipe de socioeducadores e disse que havia se identificado com a profissão e gostaria de trabalhar no ramo, quando saísse da unidade.

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“Ele ficou muito feliz, quando terminou o curso. Diante a dedicação e vontade, doamos um dos kits para que possa investir nesta nova profissão e, assim, evitar que volte a cometer novos atos infracionais”, disse o gestor.   

Parcerias – Os equipamentos utilizados durante o curso foram doados pela juíza da Vara de Infância e Juventude da Comarca de Rondonópolis, Maria das Graças Gomes da Costa. Ao todo, foram doados cinco kits, com máquina de cortar cabelo e barba, pentes, spray de água, avental, três tipos diferentes de tesouras e navalha.

Esta foi a primeira vez, no Sistema Socioeducativo de Mato Grosso, que um interno apresentou tamanha evolução e que, ao voltar para a casa, se viu preparado para iniciar uma nova profissão e abandonar o passado de conflito com a lei.

A secretária-adjunta de Justiça, Lenice Barbosa, reconheceu a iniciativa como o primeiro fruto dos investimentos e da reestruturação do Sistema Socioeducativo, realizados pela atual gestão, que começou por Rondonópolis e chegará a todas as unidades de Mato Grosso.

“Isso demonstra a evolução advinda dos investimentos feitos pela atual gestão na capacitação dos servidores e na nova estrutura da unidade, o que permite realizar esses treinamentos. O curso de barbearia traz um grande potencial para o empreendedorismo dos jovens, um grande atrativo, porque saem da unidade com o equipamento de trabalho”.

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Ela destacou ainda que as parcerias com os entes públicos e sociedade organizada do município de Rondonópolis têm papel nesta evolução. “As parcerias entre sociedade civil, Poder Judiciário e Ministério Público são fundamentais, uma vez que este projeto vem trazendo excelentes resultados”, lembrou. 

O Case de Rondonópolis foi a primeira unidade a passar por esta transformação na atual gestão. Anteriormente, os menores cumpriam suas medidas em quartos improvisados, no antigo prédio da primeira delegacia do município, sem condições estruturais para oferta de cursos e treinamentos.

Inaugurado no ano passado e com investimento de R$ 9,1 milhões, a nova estrutura do Case conta quartos mais amplos, campo de futebol e salas de aulas para atividades e projetos, como foi o curso de barbearia, que ganhou um novo profissional.

Seguindo o modelo de Rondonópolis, também estão em construção as unidades de Barra do Garças e Sinop. O investimento nas duas obras será de R$ 27,5 milhões. 

Fonte: GOV MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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