Search
Close this search box.
CUIABÁ

MATO GROSSO

Exposição À Flor da Pele reúne obras de artistas negros de Mato Grosso

Publicados

MATO GROSSO

Está em cartaz, no Museu de Arte Sacra de Mato Grosso (MAS-MT), a exposição “À Flor da Pele: Arte Negra no Museu”. Realizada simultaneamente no Museu de Arte e Cultura Popular da Universidade Federal de Mato Grosso (MACP-UFMT), a mostra coletiva reúne obras de artistas negros consagrados em Mato Grosso.

Até janeiro do próximo ano, o público poderá apreciar, nos dois museus, a arte de Gervane de Paula, Paty Wolff, Paulo Pires, Adão Silva (Babu 78), Elaine Fogaça, Rodolfo Luis, Wânia de Paula e Sol Ferreira. Também estão sendo homenageados in memoriam os artistas Alcides Pereira dos Santos, Nilson Pimenta, Benedito Nunes, Osvaldina dos Santos e Clínio de Moura. 

No Museu de Arte Sacra, a exposição está instalada nos ambientes 5 e 12 do circuito expositivo e a visitação ocorre de quarta a domingo, de 9h às 17h e conta com uma coleção de 25 obras dos artistas homenageados. A curadoria é de Ludmila Brandão e Gervane de Paula, enquanto a expografia é de Serafim Bertoloto e Viviene Lozi.

Já no MACP-UFMT, a exposição ‘À Flor da Pele’ pode ser conferida de segunda a sexta-feira, de 13h às 19h. A coleção exposta no espaço é de 70 obras.

“Os artistas negros ajudaram a formar a identidade de Mato Grosso, com o que há de mais genuíno, significativo e crítico em suas produções. É necessário que os espaços museológicos possam abrigar ações, debates e exposições, com temas que ajudem a valorizar a arte negra e a eliminar o racismo nos níveis individual e estrutural”, destaca a diretora do Museu de Arte Sacra, Viviene Lozi.

O Museu de Arte Sacra também abriga, até o próximo domingo (20.11), a exposição “Cerrado – Jardim do Paraíso”, do ceramista Ferraz Ronei. Um dos aparelhos da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), o Museu está localizado na Praça do Seminário, bairro Dom Aquino, em Cuiabá.

Leia Também:  Estudantes podem se inscrever para participar da 15ª Mostra de Ciência, Tecnologia e Inovação

Conheça alguns dos artistas homenageados na exposição ‘À Flor da Pele’:

Benedito Nunes (in memoriam)
Com nome de santo negro, o pintor e desenhista nasceu em Cuiabá. Sua arte de cores vívidas, onde o verde predomina, lhe rendeu o codinome de “Van Gogh do Cerrado”, por retratar a paisagem do Centro-Oeste brasileiro, seus costumes, sua gente, seus ofícios e seu cotidiano.

Nilson Pimenta (in memoriam)
Natural de Caravelas (BA), o artista negro trabalhou no campo e no garimpo até se tornar servidor da UFMT, onde exerceu a função de vigilante. Do campo à cidade, da universidade ao mundo das artes, as obras de Nilson expressam o olhar de um homem simples, que viu, e sentiu na pele, o peso das desigualdades raciais e sociais.

Alcides dos Santos (in memoriam)
Baiano, da cidade de Rui Barbosa, chegou a Mato Grosso bem jovem, onde foi trabalhador rural, pedreiro, sapateiro e barbeiro. Se destacou com uma carreira internacionalmente reconhecida no mundo das artes. Com forte influência da religião em sua vida, a obras de Alcides retratam a aproximação entre a fé e arte.

Seo Clínio Moura (in memoriam)
Nascido em Várzea Grande (MT), às margens do Rio Cuiabá, Seo Clínio foi precursor da tradição do artesanato cuiabano, na comunidade de São Gonçalo Beira Rio, em Cuiabá. Também cururueiro e tocador de viola de cocho, o artista aprendeu, com a esposa e a mãe, o ofício do artesanato com argila, produzindo peças que retratam o universo ribeirinho, suas crenças e religiosidade.

Osvaldina dos Santos (in memoriam)
Negra, professora primária, Osvaldina era uma mulher simples, que descobriu as artes na vida adulta, ao se aposentar do magistério. Seus trabalhos, ao longo de quase 40 anos, expressaram águas, rios e cachoeiras, casarões, festas, fé e tradição de Cuiabá.

Leia Também:  Polícia Civil conclui inquérito e indicia autor por feminicídio de jovem morta a facadas

Sol Ferreira
Cuiabano, formado em Teatro e graduando em Letras, o jovem artista negro já conquistou prêmios nas categorias das artes visuais, curta-metragem e poesia.  Símbolo de um processo emancipatório, sua atuação no mundo das artes aborda gênero e sexualidade, necropolítica e regionalismos.

Paty Wolf 
Natural de Cacoal/RO, mas cuiabana por adoção, Paty é uma multiartista, com criações na escrita, desenhos, ilustrações, pinturas, esculturas, cerâmicas e murais. Geógrafa, com mestrado em geografia e pesquisando temas como campesinato, povos tradicionais de Mato Grosso e periferias de Cuiabá, a artista amplia seu raio de
atuação denunciando o racismo e a discriminação.

Rodolfo Luiz 
Jovem negro em ascensão no mundo das artes, mais especificamente em fotografia e audiovisual. Aliando criatividade, talento e técnicas elaboradas, ele retrata um mundo negro e periférico, que conta muitas histórias. 

Adão Silva Segundo (Babu78)
Babu 78 é grafiteiro, desenhista e artista visual, atuando também como arte-educador em oficinas de grafite. Atualmente, sua produção é dividida entre murais de rua, pinturas, desenhos e ilustrações.

Gervane de Paula
O cuiabano Gervane de Paula é considerado um artista completo. Sua produção está situada entre pintura, desenho, objeto e instalação, utilizando diversos suportes e materiais. A complexidade e os compromissos sociais do artista são retratados na cultura de massa, popular e religiosa, que articulam e denunciam temas, como violência urbana, degradação ambiental, desigualdade social e racismo.

Fonte: GOV MT

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

Publicados

em

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

Leia Também:  Setasc entrega 200 cestas de alimentos para indígenas da etnia Boe-bororo

 

Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

Leia Também:  SES e Conass realizam 1º Workshop de Segurança do Paciente na Atenção Primária à Saúde de Mato Grosso

E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA