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Comissão participa da Audiência conjunta sobre a violência sofrida por procuradora paulista

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A presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada, Cristiane Damasceno, representou o Conselho Federal da OAB durante audiência pública, nesta quinta-feira (15/12), que debateu casos de violência contra mulheres, especialmente a agressão sofrida pela procuradora-geral de Registro (SP), Gabriela Samadello, por parte de um colega de trabalho, o procurador Demétrius Oliveira Macedo.

O debate foi promovido pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados. A procuradora Gabriela Samadello reforçou a necessidade de aprovação do Projeto de Lei 1.906/2022, que considera flagrante delito o agressor ter sido filmado ou fotografado cometendo o crime de violência contra a mulher. Além disso, ela pediu medidas protetivas por parte do município de Registro. O prefeito da cidade, Nilton Hirota, prometeu exonerar o procurador até o fim desta semana.

“Eu fico com muito medo dele retornar ao trabalho. Até agora, a prefeitura sequer colocou câmeras de segurança. Em razão disso, estou afastada das minhas funções há 90 dias. Diante de tudo, é importante que a Câmara vote com urgência o PL 1.906/22, assim como as autoridades tenham mais cuidado ao lidar com vítimas de violência”, pediu Gabriela.

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A OAB Nacional repassou as medidas de suporte à procuradora adotadas após a agressão. O Conselho Federal promoveu desagravo, ao lado da seccional de São Paulo, e colocou a estrutura do Sistema Nacional de Prerrogativas e da Comissão Nacional da Mulher Advogada à disposição da procuradora.

“Estivemos lá com nosso vice-presidente, depois que ficamos sabendo, fizemos um desagravo de ofício da nossa diretoria, ad referendum do nosso pleno, e comunicamos a OAB-SP. (…) Desde então, estou no pé, acompanhando esse caso, cobrando a celeridade do presidente do TED (Tribunal de Ética e Disciplina), isso não ficou esquecido de jeito nenhum. Até o final do triênio eu estarei nas trincheiras por todas mulheres advogadas”, disse Damasceno.

Durante a audiência, a presidente da Comissão Permanente da Mulher Advogada da OAB-SP, Isabela Castro de Castro, explicou que o procurador está suspenso dos quadros da entidade, sem direito às prerrogativas da classe.

Também participaram da reunião a procuradora regional do Trabalho (MPT-SP) e Coordenadora Nacional da Coordenadoria de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade), Adriane Reis de Araújo; e a deputada Tereza Nelma (PSD-AL), que conduziu os trabalhos.

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Entenda o caso

Em 20 de junho de 2022, Gabriela Samadello foi agredida pelo colega de trabalho e também procurador Demétrius Oliveira Macedo. A agressão ocorreu dentro da prefeitura, onde ambos trabalhavam, e foi filmada por outra funcionária.

A violência teria sido motivada porque Gabriela, que era chefe de Demétrius, sugeriu a instauração de um procedimento administrativo para apurar agressão anterior do procurador contra outra funcionária do setor.

Demétrius Macedo foi preso preventivamente em 23 de junho, denunciado por tentativa de feminicídio, mas não foi exonerado do cargo, até o momento, e segue recebendo remuneração.

Fonte: OAB Nacional

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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