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Museu Afro Brasil homenageia artista plástico Emanoel Araujo

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O Museu Afro Brasil (MAB), em São Paulo, ganhou nova placa com o nome que homenageia o escultor Emanoel Araujo, fundador e diretor-curador do equipamento cultural, localizado no Parque Ibirapuera. Araujo morreu aos 81 anos, no dia 7 de setembro. 

Nessa terça-feira (27), o governo paulista entregou a primeira fase das obras de restauração, reforma e modernização do edifício que integra o conjunto arquitetônico do parque, concebido pelo arquiteto Oscar Niemeyer. O MAB fica no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega.

Até o momento, 70% da obra foram concluídas. O restante deve ser finalizado em março de 2023.

“É um investimento de R$ 20 milhões do governo de São Paulo para reformar, modernizar e ampliar o Museu Afro Brasil, que é um dos mais importantes do mundo. Tem um acervo de mais de 9 mil obras de arte africanas, afrobrasileiras e brasileiras, relacionadas à nossa herança, à nossa raiz africana”, apontou, na ocasião, o secretário estadual de Cultura e Economia Criativa, Sérgio Sá Leitão.

A nova denominação Museu Afro Brasil Emanoel Araujo foi publicada em decreto estadual no dia 24 de novembro.

Uma petição, encabeçada pela Associação Museu Afro Brasil, organização social de cultura que administra o equipamento, mobilizou a sociedade civil a apoiar a mudança.

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Em 5 de novembro, após 12 dias fechado, o museu foi reaberto com o Tributo a Emanoel Araújo, no qual estão expostas obras do artista plástico, além de um retrato feito pelo fotógrafo Fernando Azevedo e frases sobre sua vida, obra e trabalho. 

Reforma

A obra no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega inclui a reconfiguração do layout das áreas técnicas situadas no piso térreo, a ampliação da reserva técnica, novas salas de trânsito e de quarentena para as obras, além de novas áreas de marcenaria, montagem, elétrica e um novo e ampliado almoxarifado. Os banheiros foram reformados e estão inteiramente acessíveis.

Também foram feitas mudanças para acessibilidade no Teatro Ruth de Souza, que recebeu rampas de acesso ao palco, novos camarins, áreas de uso comum e administrativas.

Está pendente a instalação dos elevadores panorâmicos que darão acesso ao piso superior e inferior do pavilhão, que deve ser realizada em janeiro. A parte externa, incluindo a cobertura, será finalizada até março de 2023.

Emanoel Araujo

O artista plástico e escultor Emanoel Araujo nasceu em Santo Amaro, na Bahia, em 1940, em uma tradicional família de ourives. Aprendeu marcenaria, linotipia e estudou composição gráfica na Imprensa Oficial da sua cidade, local onde também realizou, em 1959, a sua primeira exposição individual. Na década de 1960 mudou-se para Salvador e ingressou na Escola de Belas Artes da Bahia (UFBA), onde estudou gravura.

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De acordo com o site do MAB, Araujo expôs em várias galerias e mostras nacionais e internacionais, somando cerca de 50 exposições individuais e mais de 150 coletivas. Na década de 1980, foi diretor do Museu de Arte da Bahia e ensinou, em 1988, artes gráficas e escultura no Arts College, na The City University of New York. Entre 1992 e 2002 foi diretor da Pinacoteca de São Paulo. 

Em 2004, fundou o Museu Afro Brasil, em São Paulo, do qual foi diretor-curador até a sua morte. Durante a gestão dele no MAB, a exposição “Africa Africans”, da qual ele foi curador, foi premiada como melhor exposição de 2015 pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA). Como curador independente, a exposição “Francisco Brennand Senhor da Várzea, da Argila e do Fogo” recebeu o prêmio Paulo Mendes de Almeida, como a melhor exposição no Brasil em 2017.

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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