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Conselho Pleno da OAB decide promover ato de desagravo a Cristiano Zanin e à advocacia

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Por aclamação, o Conselho Pleno da OAB aprovou desagravo ao advogado Cristiano Zanin, ameaçado e agredido verbalmente no aeroporto de Brasília na última quarta-feira (11/1). O ato será realizado na próxima sessão ordinária do Pleno, que seria a primeira do ano, em 6 de fevereiro. A sessão, extraordinária, foi convocada para esta sexta-feira (13/1) tendo como pauta a crise desencadeada pelos atos de vandalismo que ocorreram em Brasília no último domingo (8/1).

“Essas agressões que ocorrem no cotidiano têm sido respondidas pela OAB. Esse desagravo é ao colega Cristiano Zanin e a todas e todos que lidam, no dia a dia, com ataques em decorrência da profissão. Entendo que a partir deste momento e com a criação do grupo de trabalho permanente teremos uma nova frente de defesa da advocacia”, afirmou o presidente nacional da OAB, Beto Simonetti. 

O desagravo foi proposto em conjunto pelo procurador Nacional de Defesa das Prerrogativas, Alex Sarkis, o procurador-geral da OAB Nacional, Ulisses Rabaneda, e o presidente da Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia do CFOAB, Ricardo Breier. 

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“A atitude ofensiva ao referido advogado, atinge a toda advocacia nacional. Não há como tolerar agressões a colegas pelo simples ato do exercício da advocacia. A medida requerida do desagravo público fortalece e fortalecera o compromisso e trabalho institucional de agir sempre e incondicionalmente para a defesa intransigente da dignidade e  valorização da advocacia”, diz a proposta. 

Instituição não vai tolerar agressões à advocacia

Breier afirmou que é preciso enfrentar uma nova modalidade de agressão. “Não bastasse o vilipêndio do Estado, quando tenta tolher a nossa atuação, mas também sofre o advogado no seu convívio social. Este pedido é um recado que estamos dando que esta instituição não tolerará jamais a forma dessas agressões que coloca em risco o ato de advogar e a própria dignidade da pessoa. O que buscamos hoje é a democracia e a segurança jurídica do país. 

Alberto Zacharias Toron, conselheiro federal por São Paulo, onde Zanin também tem inscrição, subscreveu as manifestações dadas e falou da importância da conceção do desagravo por aclamação. “O que ocorreu é fruto de mentalidade arrogante, autoritária. Com que legitimidade uma pessoa se arvora no direito de ser censora de outra? Essa forma truculenta tem que ter fim. E hoje iniciamos uma caminhada para pôr fim a isso.” Também de São Paulo, Carlos José Santos da Silva, o Cajé, arrematou: “Esta é uma defesa da advocacia e assim deve ter.”

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A OAB também decidiu criar e promover uma campanha de valorização da advocacia voltada à população em geral. O vice-presidente do Conselho Federal, Rafael Horn, se somou às manifestações sobre a gravidade das ofensas sofridas por Zanin. “Gostaria de propor uma campanha de valorização da advocacia para esclarecer que a advocacia não defende malfeito, mas a justiça, a aplicação correta da lei aos cidadãos, no limite dela”, sintetizou.

Fonte: OAB Nacional

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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