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Pesquisa em MT investiga o uso do biocarvão na construção civil para sequestro de carbono

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Pesquisa fomentada pelo Governo de Mato Grosso, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), investiga o uso do biocarvão na indústria da costrução civil para o sequestro de gás carbono. O objetivo é usar com mais eficiência os compostos de origem sintética ou natural (biomateriais) em painéis cimentícios, como blocos, argamassas, pavimentos e concretos.

O projeto, intitulado “Avaliação das propriedades mecânicas de materiais compósitos do tipo strain hardening usando biocarvão para sequestro de CO2”, é coordenado pelo professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Alex Neves Júnior e foi aprovado no edital Nº. 010/2022 – Pesquisas com Nível Médio de Maturidade nas Engenharias, com recurso de R$ 110.010,00.

A pesquisa também tem o intuito de amenizar setores com problemas ambientais através do desenvolvimento de materiais de construção civil sustentável, desde aplicações em sistemas construtivos simples, que atinjam e atendam grande parte da população que lida com argamassas de reboco e assentamentos, bem como, aplicações em materiais mais versáteis, como essas argamassas flexíveis. 

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O processo de sequestro de carbono acontece indiretamente pela diminuição do consumo de cimento nestes materiais (retirando parte do cimento da composição) e diretamente através do tratamento com o CO2, reaproveitado de outras fontes emissoras onde esse processo é denominado carbonatação ou recarbonatação.

“A pesquisa busca o desenvolvimento de novos materiais que utilizem fibras naturais em associação ao aço como reforço na construção civil, buscando agregar valor as cadeias produtivas locais através da utilização da biomassa gerada”, relata o professor.

Entre os diversos grupos de trabalho que tem desenvolvido pesquisas nesta área, muitos cientistas tem dedicado esforços para resolver os problemas gerados pela produção e consumo de cimento (o material de construção mais utilizado no mundo).

Fonte: GOV MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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