POLITÍCA NACIONAL
Bancada ligada ao esporte define prioridades para o setor
POLITÍCA NACIONAL

Parlamentares eleitos para o mandato que se iniciou em 1º de fevereiro pretendem trazer a experiência na área do esporte para propor novas leis e políticas públicas.
Um desses deputados é Mauricio do Vôlei (PL-MG), ex-atleta da seleção brasileira, que defende o investimento no esporte como política pública que inclusive reduz gastos em outras áreas.
“Eu acredito totalmente que o esporte é uma ferramenta fundamental para você mudar uma geração, você economiza na segurança pública, você economiza em muita coisa, para criar uma nova geração baseada no esporte. Nos Estados Unidos, eles pegam muito nessa parte e isso que eu quero trazer para o Brasil, essa importância, valorizar o esporte, porque o esporte transforma, e é barato”, disse.
Clube de futebol
Ex-presidente do Flamengo, o deputado Bandeira de Mello (PSB-RJ) acredita que sua experiência na gestão do clube será útil para a proposição de matérias na Câmara.
“O Flamengo é uma nação de 40 milhões de torcedores, uma população maior que muitos países. E é claro que a minha experiência no Flamengo me credencia a tratar das questões do esporte, afinal de contas o futebol é o principal ponto de contato com a vida, com a realidade de boa parte da população brasileira, crianças, pessoas humildes”, disse.
Para Bandeira de Mello, o futebol brasileiro pode servir de exemplo para muitas políticas públicas.
O deputado Felipe Carreras (PSB-PE), que já foi secretário de Turismo, Esporte e Lazer de Pernambuco e presidente da Comissão do Esporte na Câmara, pretende acompanhar a análise de propostas aprovadas pela Casa em seu mandato anterior.
Propostas em pauta
“Eu destacaria a atualização da Lei Geral do Esporte [aprovada pela Câmara]. A gente espera que o Senado coloque a matéria para votar. Aprovamos também a nossa relatoria do marco nacional dos jogos de aposta, cada vez mais presentes em nossa vida. Aprovamos de forma histórica, e agora está no Senado, vamos fazer gestão em cima desse tema”, disse Felipe Carreras.
A chamada Lei Geral do Esporte prevê, entre outros pontos, direitos para atletas em formação, com assistência médica integral, transporte, alimentação e limitação do tempo de treino, embora alguns destes já constem da legislação.
Deverá haver um programa contínuo de orientação e de suporte contra o abuso e a exploração sexual, com uma ouvidoria para receber denúncia de maus-tratos e exploração sexual.
A proposta realiza mudanças também na distribuição da arrecadação de loterias de prognósticos, como Mega-Sena, Quina e outras.
O outro projeto citado pelo deputado é o que legaliza jogos de azar no Brasil, incluindo cassinos, bingos, jogo do bicho e apostas esportivas. Ele foi relatado por Carreras e também aguarda análise pelo Senado.
O deputado Afonso Hamm (PP-RS), ex-jogador de futebol, disse que pretende acompanhar outra proposta que foi ao Senado: projeto relatado por ele que estabelece o Plano Nacional do Esporte. Entre as inovações, a proposta estabelece um mínimo de três aulas de educação física por semana na educação básica.
Reportagem – Paula Bittar
Edição – Roberto Seabra
Fonte: Câmara dos Deputados Federais


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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