POLITÍCA NACIONAL
Governador afastado, ex-ministro detido e presos em flagrante; veja balanço de 1 mês dos ataques golpistas
POLITÍCA NACIONAL
Os ataques golpistas de 8 de janeiro contra as sedes dos três Poderes em Brasília provocaram desdobramentos na esfera judicial, com prisões dos participantes, afastamento do governador do Distrito Federal e exoneração de servidores.
Os ataques levaram à prisão em flagrante de 1.406 vândalos. Desses, 942 pessoas tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva e 464 conseguiram liberdade provisória – com aplicação de medidas cautelares, como recolhimento domiciliar durante a noite.
Quebra de armário de ministro, réplica da Constituição e vândalo com toga: o ataque ao STF
A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu sete investigações. As apurações miram executores, financiadores, autores intelectuais e autoridades públicas.
Investigados
- O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é investigado em um dos inquéritos.
- Em outro, foi determinada a prisão do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres, além do afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
- Nesse mesmo procedimento, o ex-comandante-geral da PMDF coronel Fábio Augusto Vieira também foi preso, mas teve liberdade provisória concedida pelo ministro Alexandre de Moraes.
- As apurações miram ainda o número dois da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF), Fernando de Souza Oliveira. Ele foi exonerado do cargo por determinação do interventor federal Ricardo Capelli.
Além de Oliveira,
- outros 12 servidores da Segurança Pública do DF que estavam trabalhando no dia dos atos foram exonerados.
- Três inquéritos investigam as condutas de deputados federais: André Fernandes (PL-CE), Clarissa Tércio (PP-PE) e Silvia Waiãpi (PL-AP). Eles são suspeitos de incitação aos ataques de 8 de janeiro.
No total, a PGR já denunciou 653 pessoas pelos atos.
As denúncias acusam os vândalos de crimes como:
- associação criminosa;
- incitar a animosidade entre as Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais;
- tentativa de abolir, com grave ameaça ou violência, o Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado;
- dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância;
- inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima;
- associação criminosa armada;
- e deterioração de patrimônio tombado.
Operação Lesa Pátria
A Polícia Federal (PF) também deflagrou a operação Lesa Pátria, que nesta terça-feira (7) chegou à quinta fase.
A operação se dedica a buscas e apreensões contra os identificados por envolvimento nos atos, além do cumprimento de prisões dos vândalos que conseguiram deixar Brasília após a depredação dos prédios públicos.
Nesta quinta, a PF prendeu quatro policiais militares suspeitos de se omitir no enfrentamento e colaborar com os atos golpistas na Esplanada dos Ministérios.
Justiça Militar
O Ministério Público Militar informou que instaurou procedimentos para apurar a participação de oficiais no episódio. Eles apuram:
- supostas ações ou omissões de oficiais-generais;
- acolhimento de manifestantes acampados pelo Comando Militar da Amazônia;
- suposta omissão das Forças Armadas quanto às invasões;
- suposta participação de militar da Marinha nos atos;
- suposta participação de militar da FAB nos atos;
- suposto confronto de militar do Exército com militares da PMDF no Palácio do Planalto;
- suposta participação de militares em atos antidemocráticos;
- suposto auxílio de militares do Exército na fuga de golpistas.
Tramitam ainda na 1ª Auditoria da 11ª Circunscrição Judiciária Militar, em Brasília, dois Inquéritos Policiais Militares (IPM), instaurados nos dias 10 e 11 de janeiro, que investigam injúria e ofensa às Forças Armadas supostamente cometidos por militar da reserva do Exército, além de fatos ocorridos no Palácio do Planalto durante as invasões.
Controladoria-Geral da União
A CGU informou que começou a analisar a participação de agentes públicos nos atos antidemocráticos a partir do recebimento de denúncias e fontes de informação, como sites, redes sociais entre outras.
Segundo a CGU, até o momento, dois servidores foram identificados e seus órgãos de origem foram acionados para a devida apuração: Ministério da Fazenda e Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM).
“Os demais casos foram arquivados por motivos diversos tais como: aposentadoria, pensionista, estagiários e contratados temporariamente”, explicou o órgão.


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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