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Justiça nega pedido da PM para que torcida Boca Suja, do Mixto, seja impedida de frequentar estádios em MT

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Patrícia Ceni, magistrada do Juizado Especial do Torcedor de Cuiabá, julgou improcedente os pedidos realizados pela Polícia Militar do Estado de Mato Grosso visando o impedimento da torcida organizada do Mixto, “Boca Suja”, de frequentar os estádios de MT durante o ano de 2023 de forma caracterizada, em razão dos estragos realizado pela torcida em 2 de fevereiro, no Estádio Eurico Gaspar Dutra “Dutrinha”. Decisão foi publicada nesta quarta-feira (8). 

A Polícia Militar pediu à justiça que o jogo realizado nesta quinta-feira (9) não fosse executado; que o jogo voltasse a ser realizado no Dutrinha, em Regime de Torcida Única, com veto a torcedores caracterizados do Mixto Esporte Clube e que, se necessário, o jogo fosse realizado na Arena Pantanal, em Regime de Torcida Única.

“Inicialmente, destaco que o pedido realizado é totalmente desprovido de fundamentos legais, logo, não sendo possível o acolhimento de tal pedido, principalmente, porque feriria o ordenamento jurídico básico”, discorreu a magistrada.

Instado a se manifestar, o Ministério Público Estadual (MPE) sustentou pelo não cancelamento do jogo que foi realizado no dia 9, na Arena Pantanal. Ponderou, porém, que sejam tomadas medidas necessárias para evitar desordens no referido estádio.

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O órgão ministerial sugeriu que o jogo fosse realizado no Dutrinha, em razão de ter torcida pequena e de fácil fiscalização. “No entanto, caso não seja possível, que seja realizado na Arena Pantanal, com o veto dos torcedores caracterizados do Mixto Esporte Clube”, sustentou o MPE.

Conforme Patrícia, decisão nesse sentido proibitivo caracterizaria punição sem que houvesse aplicação do princípio do contraditório e da ampla defesa. Além disso, pontuou que a justificativa arrolada no pedido não apresenta ao certo que há risco iminente ao Estádio.

Ela ainda citou que não há sequer qualquer informação sobre eventuais denúncias realizadas no Tribunal Desportivo. “E neste sentido, reforço que não há qualquer motivo que fundamente legalmente o cancelamento do jogo, e tampouco a partida futebolística não se realize nas dependências da Arena Pantanal”, asseverou.
 
A magistrada ainda determinou ser contratado maior quantidade de seguranças privados para atuar na área externa do Estádio, bem como stewards suficientes que possibilite a fiscalização e segurança dos torcedores.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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